sexta-feira, 23 de novembro de 2007

E os jovens?

Muitas vezes tenho sublinhado a importância do trabalho que se faz entre nós em prol dos mais idosos. Hospital, Centro de Dia, Apoio Domiciliário, projecto "Rejuvenescer Tarouca", prestação de cuidados de saúde pelas terras, entre outros...

Penso que igual interesse devem merecer os jovens. De todos. Eu sei que não é fácil. Eles vivem hoje muito em concha: o seu grupinho de amigos, o seu telemóvel, o seu computador, as suas músicas, os seus namoricos, as suas disco, as suas modas. A juventude vive demasiadamente fechada dentre de si mesma e do seu grupinho, como se fossem o centro do mundo.
Vai havendo actividades para eles: futsal, futebol, andebol, ginástica, bombeiros, desporto escolar, feira das profissões, etc. É óptimo, que se cultivem física, mental e socialmente.
Mas também temos muitos casos problemáticos, gente nova apanhada nas malhas do vício, escrava de dependências e de indiferenças.

Penso ser importante ter em conta:
1. Não se podem usar hoje os mesmo métodos que se usavam há 20/30 anos. A sociedade e as mentalidades evoluem rapidamente.
2. Precisamos de um projecto englobante para a juventude do concelho. Todos tão perto, todos muito afastados.
3. É indispensável levar Tarouca aos tarouquenses jovens. A malta nova sabe pouquíssimo do seu concelho, da idiossincrasia local e nem mostra curiosidade. Os grandes valores desta gente e desta terra ou são assimilados pelos jovens ou se diluem e não têm futuro.
4. Há que ir ao encontro das necessidades dos jovens: no emprego, no estudo, no divertimento (mais atenção às músicas que eles apreciam nas festas...), nas actividades a desenvolver.
5. Penso que seria interessante que a autarquia desenvolvesse para os mais novos actividades paralelas às que proporciona aos idosos. Claro, dentro de uma dinâmica juvenil.
6. Um trabalho com jovens exige imaginação e muita perseverança para se poderem dar respostas novas a novos desafios.
7. Os jovens demoram a "arrancar", mas quando pegam são uma maravilha. Há que evitar o tom impositivo, passando a um propositivo. Eles, para se empenharem, têm que se sentir voz activa.

Algo deve ser feito. Por todos. No comboio de Tarouca, os jovens não deverão ocupar os lugares da frente?

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