terça-feira, 14 de julho de 2009

É bom que possamos melhorar

Queria hoje reflectir com os amáveis leitores sobre algumas situações que envolvem o nosso viver colectivo, especialmente as que dizem respeito aos momentos festivos.

As festas
As festas populares, por estas bandas, são normalmente em honra de Deus ou de um Santo. As chamadas festas cristãs.
Então é preciso que não desdigam aquilo que afirmam. Que em tudo contribuam para o espírito cristão.
O centro, o cume, o coração de uma festa cristã é a Eucaristia. É para a Eucaristia da festa que o trabalho dos mordomos e das comunidades deve convergir com excelência. Criar um ambiente de silêncio, suscitar a participação das pessoas, cuidar da liturgia. Para que a Eucaristia seja a Festa na festa.
A Eucaristia está antes, muito antes, porque muito acima, de procissões, conjuntos, bandas, foguetes, jantaradas. A Missa é o centro!
Que sentido tem ficar cá fora à espera da procissão? E que respeito revelam para com o sagrado os que ficam a fazer barulho no exterior dos templos? Ou quem fica no café? Ou deixar-se ficar por casa a preparar o almoço para os convidados? Na vida temos que estabelecer prioridades. E neste caso, para os baptizados, a prioridade é a Missa.

A procissão é um acto religioso. E como tal deve ser encarado. Daí todo o respeito que lhe é devido. É preciso guardar silêncio, ter antecipadamente organizado tudo: quem pega nas alfaias, quem pega nos andores, onde vão as figuras (os anjinhos)… Tudo. Assim, quer o arranque da procissão quer o percurso decorrerão com o decoro e a serenidade exigidas.
As pessoas que vão pegar nas alfaias ou nos andores devem ir vestidas decentemente. Já viram a figura de alguém que vai de calções com uma opa por cima???
As procissões são para serem acompanhadas e não para se ficar no passeio a ver passar. Mas ao menos quem estiver a “ver a procissão” que esteja dignamente. Se não tiver fé, que revele respeito pela fé dos outros. Esteja de pé, não converse, muito menos fumar, mascar chiclets…
O que é bem feito a Deus louva e aos homens engradece.

A preparação e cuidado das festas pertencem naturalmente aos mordomos. Mas não só. Toda a comunidade se deve sentir envolvida. Especialmente incentivando-se mutuamente à participação nos actos religiosos. Depois chamando educadamente à atenção aqueles que têm palavras, gestos, posturas menos condignas.

2 comentários:

  1. Muito bons os seus considerandos, Sr. Padre Carlos.
    Deviam constituir manual a afixar nas paróquias.
    Há que saber respeitar o Sagrado. Quem não o souber - ou não quiser -fazer, que não perturbe os outros.
    Abraço na paz de Cristo
    Evágrio Pôntico

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  2. Belo post!
    Concordo plenamente com o que é dito cá. Realço o facto dos foguetes!
    É incrível, principalmente na minha zona isso tradição, como em época de crise, falta de dinheiro, falta de muita coisa... as pessoas adoram ver o dinheiro estourar no ar, literalmente. Não passa disso mesmo! As pessoas divertem-se a ver o seu dinheiro a estourar! Alguns foguetes são sinonimo de anuncio de festa... 3 ou 4, mas não 30 minutos de fogo!

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