quinta-feira, 23 de julho de 2009

Um conselho oportuno

No decreto de nomeações para o próximo ano pastoral, o Bispo de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, recomenda, a certa altura:

"É bom recordar que quando um Pároco sai duma Paróquia não pode ceder à tentação de continuar a sê-lo sem o ser. Isto é, continuar a andar por lá a fazer casamentos e baptizados... Há muitos modos de manifestar a amizade e estar presente sem ferir sensibilidades e o senso comum, a pastoral e o bom relacionamento sacerdotal. Aqui não acontecerá, mas sei que, por outros lados por onde andei, cheguei a ter de intervir para evitar um certo mal-estar até dentro das próprias comunidades. São atitudes, de quem sai, muito pouco elegantes para quem entra. O Padre não se prega a si mesmo nem centra em si as atenções. Prega e aponta Jesus Cristo como o único Mediador e Salvador. E como o Bom Pastor em nome de quem o Pároco está e age."

3 comentários:

  1. Um conselho oportuno, ou não...
    Já tinha lido este parecer de D. Antonino Dias. Respeito-o mas discordo. Os melindres de que fala o Sr Bispo surgem de invejinhas e essas, sim, são muito feias. O Sr. Bispo de certeza que sabe que nem todos os sacerdotes exercem o Ministério com o mesmo afinco, com a mesma entrega. Os mais dedicados são, logicamente, os mais procurados. Momentos tão especiais como o casamento ou o baptizo de um rebento devem poder ser celebrados por quem sentimos próximo. Bem sei que o sacramento vale o mesmo perante Deus, independentemente de quem o administre. Mas, por favor, deixem que ouça essas palavras do Padre que me segura as pontas sempre que eu e Ele nos desentendemos... Entra aqui a nossa humanidade e por isso a celebração tem outra força!

    Curiosamente, D. Antonino Dias é o Bispo da diocese a que pertenço. Quando se apresentou acompanhavam-no ex-paroquianos do Norte a quem amavelmente saudou e agradeceu a presença. Retenho da sua homília as seguintes palavras: "Foram meus paroquianos e passados 23 anos ainda não me largaram...". Imediatamente pensei: temos Bispo. O bom perdura. Tudo o resto se esvai com o tempo. Perspectivas...

    Um abraço

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  2. Não conheço esse bispo, nem alguma vez, que me lembre, li alguma coisa dele.
    É sintomático que tenha sentido necessidade de se referir ao assunto.
    Parece que cada vez mais a fulanização está na ordem do dia.
    Não fui baptizado na minha comunidade paroquial e tenho pena. Os meus filhos foram levados ao baptismo na comunidade paroquial em que estavam integrados. No entanto, compreendo aqueles que, levados pela "mundanização" dos sacramentos, queiram seleccionar os que ministram determinados sacramentos.
    No entanto, esta prática fica bem aquém de conspirações, estratégias, enfim, invejas chamadas de opa!
    Ainda bem que há bispos acima disto tudo!

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  3. Caro anómimo

    Aos sacerdotes cabe seguir e dar a conhecer Jesus. Admitirá, então, que ao permitir-se utilizar o termo "fulanização" para os identificar está a ofender a pessoa do Padre e, por arrastamento, a figura de Jesus.

    Se ser mundano é levar Deus ao mundo e centrar o mundo Nele conte com o meu pequeno contributo. Se o significado for outro, não me vincule por favor.

    Há palavras que não ajudam ao diálogo. Evitemo-las e todos ficaremos a ganhar...

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