segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Levada ao colo pela comunicação social

Mª. LURDES RODRIGUES
FOI elevada a grande estrela política do Governo no comício de Guimarães. A Educação (não a do pobre Ensino Superior, onde Mariano Gago tenta que não dêem por ele...) tornou-se a coqueluche de Sócrates. E a ministra tem resolvido problemas e conseguido resultados que justificam essa distinção: o alargamento do pré-escolar, as aulas de Inglês no 1.º ciclo, a colocação a tempo e por três anos dos professores, o crescimento do ensino tecnológico e profissional e, esta semana, a tão criticada mas precursora distribuição de minicomputadores ‘Magalhães’, que qualifica e democratiza o Ensino Básico. Já não é pouco. (http://sol.sapo.pt/Blogs/jal/default.aspx)

COMENTÁRIOS

já só falta que os alunos aprendam alguma coisa!
Colocação dos professores a horas? Deve estar a gozar. Primeiro esse argumento é terceiromundista; segundo, muitos professores foram coocados na semana em que começaram as aulas. E melhor ainda, esta é familiar, a minha irmã desde a semana passada que está em casa com gravidez de risco, soube na 4ª-feira que vai mudar de agrupamento. Têm inglês no primeiro ciclo, pena é que não saibam ler protuguês. Tenho alunos no 7ºano que, a ler, parecem estar no 2º ano. E já agora a confusão que ninguém fala: o novo estatuto do aluno que está a ser aplicado por cada escola à sua maneira, tal é a confusão. 5 estrelas.


Dizer que a educação se tornou a coqueluche de Sócrates é provar que não se sabe o que se passa pelas escolas do país. Nada se mudou em termos de estratégias pedagógicas, os programas são os mesmos, o nº de alunos por turma continua exagerado, os alunos estão sobrecarregados das ditas áreas curriculares e cada vez têm cada vez menos bases das disciplinas nucleares, os alunos com NEE têm cada vez menos apoio, não há dinheiro para fotocópias, toners, papel. Apesar disso, os resultados nunca foram tão bons (nem os exames tão fáceis), os alunos não chumbam porque já é quase impossível chumbar (não porque o ensino esteja melhor nem os alunos mais trabalhadores), este ano com a aplicação do novo estatuto do aluno o absentismo deixará de existir (porque as faltas serão "apagadas" e não porque os alunos passem a ir mais às aulas) e há milhões de euros para Magalhães e quadros interactivos...enquanto isso, a Ministra da Promoção (do governo Sócrates) continua a ser levada ao colo pela comunicação social e não há quem veja que o rei vai nu...ou talvez haja - não é por acaso que os filhos de políticos e afins estão todos fora do ensino público...o facilitismo instalado, a vitória da estatística sobre a realidade aumentará mais ainda o fosso entre os que podem pagar explicações e têm acompanhamento em casa e os que só contam com a escola para evoluir. Mas talvez isto não seja um acaso.
http://sol.sapo.pt/blogs/jal/archive/2008/09/27/SOL_2600_SOMBRA-_1320_-27_2F00_09_2F00_08-.aspx#comments

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