terça-feira, 2 de setembro de 2008

Será que Portugal sabe viver com maiorias absolutas?

O primeiro-ministro José Sócrates afirmou em Bruxelas que o Governo respondeu à sucessão de crimes violentos que criou um sentimento de insegurança em Portugal e refutou as críticas ao seu silêncio, sustentando que «falou quem devia falar».
O primeiro-ministro defendeu que o seu executivo fez o que tinha a fazer, combatendo os crimes e a violência mas também o sentimento de insegurança.

Mas logo nessa noite, ocorreram 5 assaltos à mão armada só na região da grande Lisboa. Parece que os ladrões se riem das suas declarações e provam a sua total ineficácia.

Uma maioria absoluta tão arrogante com quem trabalha - veja o desplante com que tem tratado algumas profissões - e tão inoperante em relação a quem rouba! É a prepotência dos fracos.

Desemprego gritante, baixos ordenados, desigualdade social como nunca visto, admissão às cegas de migrantes, desautorização das forças policiais, leis que parecem proteger quem rouba e desproteger os lesados, rendimentos mínimos para quem nada faz e é um vulcão de vícios, juízes que são de suma tolerância para com os criminosos, rarefacção de todo o tipo de autoridade, uma educação, não para os valores, mas para resultados estatísticos, destruição da estrutura familiar ... Eis algumas da magnificentes conquistas da actual maioria!!!
Será que Portugal sabe viver com maiorias absolutas? Pelas experiências passadas e ainda pior por esta, penso que não.

E a Igreja continua calada. Não será o seu maior pecado a omissão???

A propósito, convido o amigo leitor a passar os olhos pelo comentário de MRamires. Ajuda a compreender toda a desgovernação que reina no governo acerca da insegurança reinante.
http://sol.sapo.pt/Blogs/mramires/default.aspx

4 comentários:

  1. * * *
    Rev. Senhor Padre Carlos Lopes

    Estou plenamente de acordo consigo, embora, por razões óbvias (sobretudo no blog da minha responsabilidade), não goste de meter-me em política, e menos ainda em politiquice...
    Porém, um coisa é certa: há uma fronteira muito ténue, mas bastante nítida, entre a política e a religião, entre os bens materiais e os bens espirituais, entre o mundo e a eternidade.

    E o senhor Padre sabe-o e distingue-o tão bem ou melhor do que eu, graças a Deus.
    Todavia, a maior parte das pessoas, nomeadamente os católicos infiéis (cristãos apenas pelo Baptismo), não o sabe ou não o enxerga minimamente (deduzo eu), ou pelo menos mostram fazer disso grande confusão, geralmente com muita apatia e algum desdém, de terríveis consequências...

    Por isso e se me permite, dou agora, acho que oportunamente, a minha sincera opinião pessoal, sucintamente, que penso estar aproximadamente em conformidade com a Moral Cristã e com as Sagradas Escrituras, embora me considere ainda muito pecador.
    Se não for o caso, queira ter o obséquio de dizer-me alguma coisa, até porque admito que possa estar algo equivocado, pois errar "humanus est"...

    1. Portugal não sabe, de modo nenhum, viver com maiorias absolutas, nem de longe, e muito menos ainda se forem socialistas ou esquerdistas!
    Logo, que o próximo Governo, seja qual for a sua "cor política", não seja, de modo nenhum, absolutista.
    E que seja bem mais moderado, bem mais justo, bem mais popular, bem mais cristão, bem mais coerente, bem mais humilde, bem mais social, etc., nada laicista, ao contrário do actual...
    No entanto, se quanto mais à esquerda pior, já não digo (e por isso retiro) a chamada "cor política", para simplesmente dizer: seja qual for a sua "constituição democrática", desde que cem por cento de inspiração cristã, na medida em que tudo aquilo que não for do âmbito espiritual e cristão não é verdadeiramente democrático, ou seja, não é social e popular, no melhor dos sentidos, porquanto não se pode, ou não se deve, separar o social o pessoal do espiritual e sagrado, assim como não se pode separar o corpo da alma, mesmo para quem não acredita na sua real existência, ou em Deus...

    2. «E a Igreja continua calada. Não será o seu maior pecado a omissão???»...

    a) Infeliz e certamente que é ('o seu maior pecado a omissão'!), e o senhor Padre sabe-o muito melhor do que eu, sobretudo na medida em que é - graças a Deus! - um membro activo da sua sagrada Hierarquia, e que, mesmo assim, o reconhece justa e humildemente, bem-haja!
    Mas a maioria, deduzo eu sinceramente, não o reconhece, ou comporta-se como tal, e por isso mesmo nada faz e nada diz, consentindo ou sendo cúmplice, ao menos implicitamente, pelo silêncio, pela tibieza, ou por palavras ocas, frívolas ou de vã filosofia...

    b) Efectiva e lamentavelmente, os senhores Bispos, em geral, quase nada dizem de concreto e eficaz, e, pior do que isso, quase nada fazem de substancial e radical, não obstante algumas promessas e as boas intenções de alguns...
    Todavia, funcionam em bloco, um tanto quanto ambíguo e desordenado, um tanto quanto automatizado e subordinado, como que um robô, ou uma facção politico-religiosa, não respeitando suficientemente o supremo Magistério da Igreja, sobretudo na prática, que é o mais importante...

    c) Logo, sempre que o bom exemplo não vem de cima - isto é, dos senhores Bispos -, os senhores Padres e os Religiosos (para já não falar dos Leigos) são gravosamente afectados, mesmo advertidamente, ou deixam-se cómoda e tibiamente afectar, até porque sentem não ter bastante autoridade e estímulo para uma boa e eficaz mudança, visando a centralidade evangélica, para a recristianização e reevangelização, que tanto se apregoa, já há mais de 40 anos, mas que não passa disso mesmo, de palavras vazias ou frívolas, como a semente que cai em terra seca e arenosa, nada produzindo e acabando por morrer, em vez de germinar e produzir bons frutos...

    Muito haveria a mudar e aperfeiçoar, no sentido de enxertar e adaptar à Palavra e à Lei de Deus, como aliás fizeram todos os Santos em geral.
    E jamais o contrário, no sentido de alterar e adaptar a Moral Cristã e a Lei Divina ao Homem, por mais pobre e carente que este seja.
    Com Deus somos tudo, sem Deus nada somos, nem nada podemos, por mais dinheiro, saúde e poder que tenhamos.

    + JESUS CRISTO, ONTEM, HOJE E SEMPRE !

    Queira aceitar, bom Padre e Amigo, os meus melhores e respeitosos cumprimentos, extensivos à sua família, em Jesus e por Maria.
    J. Mariano
    -

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  2. Rezemos pelos Católicos da Índia, vítimas de perseguições e mortes:

    http://www.zenit.org/article-19338?l=portuguese

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  3. Amigo Senhor J. Mariano

    Muito obrigado pela sua reflexão, pelo seu amor à Igreja, pelo seu zelo apostólico.
    De facto, todos os cristãos, Bispos, padres, religiosos e leigos, devíamos sentir aquilo que Paulo belamente exprime do fundo da sua alma: "Para mim viver é Cristo".
    Cristo no nossa viva e a nossa vida imersa em Cristo. Por nós pouco valemos, é sua Sua Graça que é importante e nos dá importância.
    Falta apaixonar os crentes - TODOS - por Cristo. Vivê-lo com o entusiasmo sereno, humilde, confiante da fé de Maria. Numa palvra, falta-nos sermos santos e apostar tudo na santidade.
    O Amigo compreende que a palavra dos Pastores é muito importante. E se tem perdido fulgar é porque, certamente, os Pastores são de muitas palavras mas pouco da Palavra.
    Acredite, Amigo, era capaz, se necessário fosse, de dar a vida pelo meu Bispo. Isso não me impede de sofrer com o silêncio dos nossos Bispos.Falta-lhes a coragem de Paulo, a ousadia profética ... Isto de querer agradar a gregos e a troianos, lembra-me a Palavra do Apocalipse: "porque não és frio nem quente, vomito-te da minha boca".
    A começar por mim, reconheço os meus muitos pecados e limitações. Confio em Deus para me ajudar e aos crentes todos à coragem da conversão.

    Caro amigo, até podemos algumas vezes não estar de acordo, mas admiro profundamente a sua fé, a sua coragem de não enterrar os valores em que acredita, o seu espírito batalhador.

    Conte com a minha pobre oração. Recomendo-me também à sua.

    Um abraço em Cristo, o Senhor da nossa vida!

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  4. Na Arábia Saudita há 800 mil católicos, mas as escolas são proibidas e até em casa é periigoso rezar.

    Notícias de "ZENIT o Mundo Visto de Roma": "Arábia Saudita: presos quatro cristãos enquanto rezavam em uma casa [19-06-2006]


    Preocupação por dois cristãos detidos por sua fé em Riad (Arábia Saudita) [22-06-2005]
    Nova onda de detenções


    Sete cristãos libertados na Arábia Saudita sob renúncia a praticar sua fé (em particular) [09-06-2005]
    Foram maltratados durante sua detenção em Riad


    Pedido de ajuda internacional para os cristãos presos na Arábia Saudita [08-06-2005]
    Um apelo de seus familiares e amigos


    Arcebispo de Lahore pede a liberdade de 40 cristãos encarcerados na Arábia Saudita [18-05-2005]
    Pede a seu governo que faça pressão


    Papa bate à porta dos países que não têm relações com o Vaticano [12-05-2005]
    China, Vietnã, Coréia do Norte e Arábia Saudita


    João Paulo II nas primeiras páginas dos jornais árabes [10-04-2005]
    Segundo constata o representante papal na Península Arábica


    Novo bispo vigário apostólico para a Arábia [21-03-2005]
    Dom Paul Hinder substitui Dom Giovanni Bernardo Gremoli


    Cardeal Medina Estévez, novo Cardeal Protodiácono [25-02-2005]
    Tem a missão de anunciar e o nome do novo pontífice


    Arábia Saudita: Polícia religiosa detém um cidadão saudita convertido ao cristianismo [21-12-2004]


    Perigo de cárcere para os não-muçulmanos na Arábia Saudita [07-12-2004]
    Inexistente reciprocidade de liberdade religiosa com outros países, denuncia o padre Cervellera


    Um cristão nos cárceres sauditas por «evangelizar» [26-11-2004]
    Após sua libertação, Brian Savio O´Connor compartilha seu testemunho


    Libertado cristão indiano condenado na Arábia Saudita por questões de fé [04-11-2004]
    Brian Savio O´Connor já se encontra em Bombaim


    Apelo pela liberdade do católico indiano condenado na Arábia Saudita [29-10-2004]
    10 meses de prisão e 300 chibatadas para Brian Sávio O´Connor


    Católico indiano torturado por causa de sua fé pela polícia da Arábia Saudita [02-06-2004]
    Acusações contra ele poderão comportar a pena de morte

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