segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Já nem os cruzeiros escapam...

Um leitor do Sopé da Montanha enviou-me gentilmente um artigo para publicar naquele jornal.
Com a devida vénia, transcrevo-o aqui neste blog.

"O CANTO DO CIDADÃO
Se a direcção do jornal mo permitir, gostaria de manter uma pequena rubrica a que chamaria o “Canto do Cidadão”.
Não prometo fazê-lo mensalmente, dados os meus afazeres. Mas sempre que possa, escreverei.

Hoje falaria apenas de quatro assuntos que, no meu entender, são importantes para os cidadãos desta terra.

1. Está a ser aberta uma nova rua entre o Mártir e a Santa Casa da Misericórdia. Óptima ideia, há muito desejada. Está a surgir no espaço ocupado pela antiga, só muito mais larga. Vem facilitar imenso o tráfego automóvel e o acesso ao Lar e ao Bairro de São Pedro. Ficamos só a aguardar que o melhoramento da via prossiga agora entre o Lar e o citado Bairro.

2. Tem havido furtos nesta zona. Algumas Juntas de Freguesia foram assaltadas, uma duas vezes (Gouviães) e, na noite de sábado para domingo (31 de Agosto), foi roubado um cruzeiro em granito que estava implantado junto à Capela do Senhor dos Vales. Um outro cruzeiro, igualmente de granito, situado num nicho junto à estrada, uns metros à frente da referida capela, não foi roubado mas deitado abaixo. O seu peso e o frequente tráfego na via terão dissuadido os larápios. Alguém que por ali passou diz ter visto uma carrinha na berma da estrada, sinalizada com o triângulo e, mais estranho, um colchão de casal junto da parede onde estava implantado o cruzeiro, porventura para amortecer a queda e evitar a sua danificação.
Não há quem ponha mão nisto? Então uma das principais obrigações do Estado não é garantir a segurança dos cidadãos e dos seus teres? Há algum receio nas pessoas e, como alguém diz, o medo nunca é bom conselheiro.

3. Conversa-se à boca cheia nos cafés e nos aglomerados de pessoas. Há vias perigosas nesta terra. Sobretudo aquelas que ficam mais isoladas e oferecem diferentes saídas aos meliantes. Ai se junta gente ligada à droga. Parece que todos sabem disto menos a autoridade! Por que razão não actua? Umas rondas em força por esses locais são indispensáveis. Umas rusgas, à semelhança do que se tem feito noutras partes do país. Uma das vias mais indicadas é exactamente a estrada Quintela-Lalim e anexas. Há gente a dizer que sente receio de por lá transitar em certas horas da noite… Repetimos, o medo nunca foi bom conselheiro.

4. Confesso que nunca senti muito apreço pela ideia de Guterres de pôr a funcionar o “ordenado mínimo”, pois pensei logo que iria alimentar a preguiça, os maus hábitos, a dependência dos vícios. É isto que se está a verificar. Que se dê aos que por velhice ou por doença precisam, aplaudo. Agora para manter vícios, preguiças e maus hábitos, não. E depois que é exigido a essa gente? Recebem tudo da sociedade (nossos impostos) e depois não dão qualquer contributo? Nem que seja a limpeza das matas… E são geralmente famílias problemáticas com bastantes filhos que não os educam nem permitem que outros o façam. Que faz a assistência social? E o poder político?
Depois, por erros de perspectiva política, a orientação durante muito tempo foi juntar toda essa gente em bairros sociais, tornando-os explosivos. Se lhe tivessem composto a casa no lugar onde viviam, ao menos haveria um certo controle social; desenraizados e todos juntos são um problema continuado."
A. Carvalho

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