As portas das escolas abrem-se para acolher milhares de crianças, adolescentes e jovens de todo o país. É o ano lectivo 2008/09 que começa.
Jardins de Infância, Escola do 1º Ciclo, Escolas do 2º , 3º Ciclos e Secundário, Universidades e Escolas Superiores vão acolher realidades, sonhos, projectos, idiossincrasias, realidades sociais diversas, simpatias e antipatias... PESSOAS!
O meu mais profundo desejo é que este novo ano se transforme para todos num êxito, que a sementeira que agora recomeça ( começa para alguns) se transforme na abundância da colheita em Junho/Julho. Boa sorte, crianças! Boa sorte, juventude!
Há muito que sinto que a política educativa deste governo é desastrosa. Há um facilitismo que é inimigo do futuro e parece hoje subjacente a ideia de uma escola que, mais do que espaço de aprendizagem e de sedimentação dos saberes, é lugar para entreter e ocupar os alunos.
Não prevejo vida fácil para os professores. O novo processo de avaliação dos docentes, complicado e impróprio para consumo, vai absorver imensas energias, obrigar a inúmeras reuniões, envolver pepeladas sem fim, absorver tempo infindo. Sem contar já com as fricções que, certamente, gerará entre professores. Não bastava já as inúmeras burocracias e reuniões a que o sistema sujeita os docentes???
Que disponibilidade e capacidade de concentração restam aos professores? Ou o governo pensa que os professores são super-homens? Onde fica, no meio disto tudo, o essencial? Então o grande papel do professor não será preparar bem as suas aulas, adoptando estratégias diversificadas tendo em conta o "universo-turma", pensar, delinear e executar formas de remediação e de avaliação correctas?
Tem valido ao sistema educativo o brio profissional e a dignidade com que os docentes se têm dado à sua missão. Tal não é reconhecido pela actual maioria governamental.
Os pais, como primeiros responsáveis e interessados no sucesso dos seus filhos, são chamados a ocupar o seu lugar na vida escolar, colaborando, motivando, oferecendo o seu melhor. Claro, tendo sempre em conta que a super-protecção é inimiga da educação.
A sociedade civil não pode rodar à margem da escola, pois ambas estão em claríssima interdependência. Quanto mais se interessar e der à escola, mais beneficia.
Crianças! Jovens! A corda da vida sobe-se a pulso. Não acrediteis que o facilitismo vos ajude, só vos escurece o futuro. Lembrai-vos que estudar não é exploração da mão-de-obra infantil. ESTUDAR É O VOSSO TRABALHO!
Um bom ano para todos.
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