quarta-feira, 11 de março de 2009

Violência à solta

"Um tiroteio numa escola de Winnenden, localidade perto da cidade alemã de Estugarda, saldou-se hoje em 16 mortos, incluindo o jovem de 17 anos apontado como autor dos disparos." - In Sol

A televisão e mais ainda a internet colocam hoje na cabeça dos mais novos modelos que espicaçam o natural desejo de protagonismo. Seja na maneira como encaram as relações amorosas e sexuais, seja no modo como o vivenciam na heroicidade violenta.
Por outro lado, quer se goste ou desgoste, a América, graças ao seu poderio de super-potência, continua a ser referência que a comunicação social sobrevaloriza. E é de lá que há muito nos chegam cenas de violência em escolas.

Por outro lado, as famílias têm muita dificuldade em funcionar correctamente. E já diz o velho ditado: "Aquilo que o berço dá a tumba o leva". A família é insubstituível. Uma criança - futuro jovem - é também uma caixa de ressonância do viver familiar. Ora a violência doméstica, quer aquela que é denunciada quer a oculta e até vista como normal, não pára de aumentar.

Quem lida com crianças e jovens apercebe-se à légua daqueles que provêm de famílias que são comunidade de vida e de amor, mesmo com flutuações, e das que são advindas de famílias desestruturadas onde as referências positivas escasseiam e os contravalores se avolumam.

Casos difíceis chegam, especialmente, de "famílias":
- onde os pais estão ausentes (emigração, por exemplo) e as filhos ficam com familiares ou amigos;
- de pais separados, sobretudo quando um deles desliga, não quer saber, abandona;
- quando o filho de pais separados fica entregue a um dos cônjuges que não é referência ética para o educando;
- de famílias desestruturadas onde o vício (por vezes o jogo sujo), o desdém, a violência, a falta de valores imperam. Normalmente esta famílias são numerosas.

Resultado?
- Crianças e jovens sem sensibilidade, desorganizados, arrogantes, malcriados, incapazes de lutar por objectivos.
- Crianças e jovens amorfos, tristonhos, solitários, por vezes com sintomas físicos (ora se queixam que dói isto, ora aquilo).
- Crianças e jovens desertos de valores, interiormente desestruturados. Como se diz: "Sem nada lá dentro", para quem tudo é bem desde que apeteça;
- Crianças e jovens com necessidade de afirmação e de chamar a atenção das mais diversas formas. Por isso criam situações várias de indisciplina.
- Crianças e jovens que são alvo fácil para os "predadores sociais" - álcool, droga, sexo.
- Todo o dominado pode tornar-se um dominador. Nestas crianças e jovens o risco de descambarem para a violência e grande violência é muito maior.
- Crianças e jovens para quem a escola, a catequese e outras formas de são desenvolvimento são uma chatice. São quem mais se exclui do processo normal de aprendizagem.
- Crianças e jovens que tendem a reproduzir os modeles desestruturados dos quais brotam...

Perante isto e muito mais, o meu grito, que é de esperança:
-DEFENDAMOS A FAMÍLIA COM UNHAS E DENTES!
- TUDO PELA FAMÍLIA, NADA CONTRA A FAMÍLIA!
- Que a Igreja, os políticos, a sociedade, a comunicação social não se cansem nunca de propor os verdadeiros valores familiares, promovendo-os e acarinhando-os.

1 comentário:

  1. Assino por baixo!
    Quem conseguirá convencer estes acéfalos que a "Escola a tempo inteiro" não forma indivíduos emocionalmente equilibrados. Continue esta política de desagregação da família e esperem para ver...

    Um abraço

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