O mundo pune.
A Igreja, às vezes, imita o mundo — com toga de ouro e olhos fechados.
Mas Jesus não veio para punir.
Veio para amar até o fim.
Veio para sentar-se à mesa com pecadores, para abraçar quem já não se aguentava de vergonha.
Há pecados que são crimes, e crimes que destroem vidas.
Mas nenhum pecado é maior que a misericórdia de Deus.
Nenhum.
O que fazer com quem errou feio, sujou o nome de Deus e feriu os pequenos?
Mandar embora, afastar, esquecer?
Ou abrir um caminho estreito, difícil, exigente — mas possível — de arrependimento e renascimento?
Justiça sem misericórdia é vingança.
Misericórdia sem verdade é mentira.
Mas quando as duas se encontram, o Evangelho acontece.
O inferno começa onde termina a possibilidade de recomeço.
E a Igreja, se quiser ser de Cristo, não pode fechar essa porta.
Carlos Lopes
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