quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VEJA O QUE PODE FAZER, PROFESSOR (leia a carta deste pai)

Eis a carta que um pai do século XIX escreveu ao professor do seu filho. Há quem a atribua a Abraham Lincoln. Há quem conteste tal atribuição. Mas isso também é o que menos interessa. O que interessa mesmo é o seu (espantoso) conteúdo.

Caro professor, o meu filho terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.


Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.


Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando está triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.


Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.


Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.


Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.

In http://theosfera.blogs.sapo.pt/

3 comentários:

  1. Carta deveras interessante, só não concordo com o pedido. Em vez de "veja o que pode fazer", que tal se fosse "vejamos o que podemos fazer em conjunto"?

    Ana Patrícia

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  2. Boa noite, Ana Patrícia!

    Eu penso que o filho deste pai não precisará que o professor lhe incuta todos esses valores, ser-lhe-ão, com toda a certeza, transmitidos por seu pai.

    Não será esta carta um magna parábola da educação familiar?

    Beijinho

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  3. Interessante acho que este pai está preocupado, está alertar o professor para os valores da vida, que hoje estão em distinção,está a pedir-lhe que esteja atento, no bom e mau,na alegria e tristeza,na vitória e na derrota,em todo o comportamento do seu filho se todos nós estiver-mos atentos o futuro seria risonho para todas as familias e todos nós seremos felizes.

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