São um casal de idosos. Cruzei-me com eles na rua. Ele, apoiado na sua bengalita, caminhava ao lado da esposa.
Saudámo-nos e ele disse:
- Ainda bem que o encontro. Sabe? Nós estamos velhos, já não podemos trabalhar e vivemos apenas da nossa pequena reformazinha. Mas combinámos que, a partir de Julho, todos os meses iríamos tentar pôr uma migalhinha de lado para o nosso Centro Paroquial. O senhor quer que lha entreguemos domingo depois da Missa?
Respondi que, se assim o entendessem, poderiam entregar em Dezembro, pois é o fim do ano. Concordaram e o marido acrescentou:
- Só queria que Deus me conservasse a vida até ao dia da inauguração daquela obra! Seria uma alegria tremenda!
E naquele rosto cansado brilhou um intenso olhar.
E foi também aí que senti reforçado o empenhamento em prol de uma estrutura tão indispensável à vida da Paróquia.
São gestos assim que ajudam a vencer dificuldades, carências, obstruções, incompreensões...
Todos unidos vamos longe.
Por que razão não há-de haver em cada paroquiano um coração e um olhar semelhantes ao deste idoso!?
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