domingo, 15 de novembro de 2009

Parecia o "fim do mundo"!

Sábado
Estamos em Novembro, mês das Almas, e em muitas paróquias celebra-se o "Jubileu das Almas". Fui ajudar às confissões numa paróquia vizinha onde depois pronunciei a homilia na Eucaristia.
Seguiu-se o almoço, momento sempre agradável passado na companhia dos colegas. Partilhámos, rimos, dialogámos sobre assuntos pastorais que têm a ver com o arciprestado.
Realizaram-se logo depois as confissões noutra comunidade paroquial. Vim a correr para a Missa com crianças. Um momento sempre belo e cansativo. Belo, pelas crianças que enchem a Igreja, muitas acompanhadas dos pais. E os miúdos merecem tudo, toda a aposta. É preciso mesmo dar o litro! Por isso me cansa mais esta Eucaristia do que as outras todas.
Depois da vespertina em Gondomar, teve lugar uma reunião do Conselho Económico com implicações no futuro como a seu tempo se saberá.
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Domingo
Eucaristia às 8 horas. Imensa chuva. Menos gente do que é habitual. Também por causa da Festa nos Esporões. A Missa da manhã , com a participação maioritária de gente menos nova, oferece um clima de muita familiaridade. E nesse aspecto, é muito interessante. Gostava, contudo, que houvesse mais participação das pessoas, sobretudo no coro e nas leituras.
Depois de uma passagem por casa para tomar o meu habitual iogurte, parti para a Missa no Teixelo. Jesus, que invernia! Um vento dobra-guarda-chuvas empurrava contra nós a chuva como pedradas. Sempre simpáticos os teixelenses.
Desci para a festa de São Martinho, nos Esporões. Houvera um grupo de pessoa a solicitar que fosse eu, este ano, a presidir à festa. Atendendo às obras efectuadas recentemente na capela, assenti ao seu pedido. Pedi e o senhor Reitor do Seminário presidiu à celebração da Eucaristia das 11 horas na Igreja Paroquial. Não é do meu agrado deixar a Missa paroquial, entendo que está sempre acima de tudo, porque penso que o geral prevalece sobre o particular. Mas este ano compreendi.
A Eucaristia da festa correu bem, estava bastante gente e a animação coral esteve a carga da nossa Banda. O temporal impediu a realização da procissão como todos compreenderam. Tive pena, não por mim que não sou grande apreciador destas procissões das festas populares. Mas pelas pessoas, porque sei que elas gostam e, além do mais, tinham levado trabalho a preparar andores e alfaias. O tempo não quis, há que aceitar...
Depois do almoço em casa do senhor José Oliveira, nosso competente sacristão - que também reside nos Esporões - subi à Serra de Santa Helena para o terço e a Missa dos terceiros domingos.
Nem lhes digo nem lhes conto! Quando parei o carro, este parecia um berço embalado pelas mãos do vento. Que ventania, meu Dia! Tive que abrir a porta com muito cuidadinho, puxar o casaco para cobrir a cabeça e dar corda aos sapatos. Ali qualquer guarda-chuva ficava esfrangalhado num ápice, tal a violência do vento.
Trinta valentes desafiaram o temporal e subiram ao alto para a Eucaristia. Dois grupos corais animaram a Missa. O do amigo Elói no interior e o vento no exterior que uivava ao embater nas paredes do templo num tom omnipotente, avassalador como que apostado em revelar a nossa pequenez. Como diz o povo, parecia o "fim do mundo"!
Terminada a cerimónia, desci rapidamente para o carro, galgando, encolhido, as escadas. Tive que apelar a toda a concentração para me fixar, pois o patife do vento havia cismado que me queria atirar contra o calhau.
Também nesta altura a Serra tem o seu encanto - pode ser uma beleza feérica, mas encanta...
Caminhei para casa, sobretudo para me mudar, pois estava molhado.

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