O meu amigo Joaquim Dias Rebelo foi nomeado Monsenhor pelo Papa, com o título de Prelado de Honra de Sua Santidade.
Mais velho do que eu, encontrei-o quando fui colocado na Escola Secundária de Moimenta da Beira no longínquo ano lectivo de 79/80.
Trabalhei com ele no Conselho Directivo da Escola do qual ele era o presidente.
Conservo dessa escola, dos alunos, dos colegas e dos funcionários uma agradabilíssima memória. Olhando para trás, reconheço que foi esse local de trabalho o que mais me marcou positivamente. Era realmente um ambiente fantástico! A roda da vida levou-me a outras paragens, mas a amizade ficou.
O P.e Joaquim tinha enorme capacidade de gestão. De tal forma que, mandato após mandato, sempre com esmagadora maioria de votos, geriu a escola até à reforma.
Inteligência lúcida, estudo pormenorizado dos assuntos, atenção aos detalhes, previsão de situações, equilíbrio nas decisão, enorme humanidade. Como diz o povo, parecia que tinha nascido para aquilo.
Exactamente as mesma postura tinha em relação às paróquias que pastoreava e onde, por isso, era - e é - uma pessoa queridíssima. Apesar de ser actualmente Vigário Geral da Diocese, não se desprendeu do seu múnus de pároco dessas paróquias que exerce conjuntamente com outro sacerdote.
Nessas comunidades estive, a solicitação sua, várias vezes em serviço de pregação e de confissões. E, além do testemunho cristão que recebi das gentes, ficou um facto. Nunca vi tanto jovem a confessar-se como em Vila da Rua.
O P.e Joaquim foi agora nomeado Monsenhor, ele que já era cónego capitular.
Aqui do meu cantinho, só posso dar-lhe os parabéns e sentir-me feliz com a distinção que lhe foi atribuída. Oportunamente fá-lo-ei de viva voz, levando-lhe aquele abraço...
Ele que me conhece sabe que sou "refilão", às vezes contestatário, mas sempre amigo do amigo.
Parabéns, Joaquim!
Agradeço sensibilizado o desmesurado elogio que me deixa muito confuso e que
ResponderEliminarsó a grande amizade que desde Moimenta nos une me ajuda a compreender e a
aceitar. Muito obrigado, Pe. Carlos.
Os títulos responsabilizam muito, mas valem pouco.
No desporto, os títulos significam vitórias, porque os jogadores valem por
aquilo que fazem. Nas pessoas, que valem por aquilo que são, os títulos são
secundários.
No que me diz respeito, em nada alteram aquilo que efectivamente sou.
Sem dúvida que me sinto muito grato a quem interferiu nesta nomeação, mas
continuarei a ser, com muita alegria, o Padre Joaquim.
Um abraço, com muita estima.