Entretanto, os membros da Igreja não estão todos aqui, entre nós, mas em situações diversas, como diz o Concílio Vaticano II. Alguns "peregrinam sobre a terra, outros, passada esta vida, são purificados, outros, finalmente, são glorificados" (Lumen Gentium, 49).
Entre a terra e o Céu não é raro acontecer, no itinerário da pessoa fiel, um estágio intermediário de purificação. Segundo nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, por aí passam "os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão perfeitamente purificados".Por isso "passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu" (nº 1030).
As almas do Purgatório têm a certeza de haver conquistado o Céu, mesmo que sua entrada seja antecedida pela purificação por causa de seus resíduos de pecado.
A Igreja triunfante do céu, a Igreja militante da terra e a Igreja sofredora do purgatório, paciente, nada mais são que uma só e a mesma Igreja Católica; a caridade, mais forte que a morte as uniu do céu à terra, e da terra ao purgatório. São como três partes duma só e mesma procissão de santos, procissão que avança da terra ao céu. As almas do purgatório participarão daquela procissão um dia. Sim, porque ainda não tem, bem brancas, as vestimentas de festa, a roupa nupcial ainda guarda nódoas, aquelas nódoas que precisam de purificação.
É nesta comunhão dos santos em Cristo que se compreende o feliz pensamento de Santo Agostinho:
«Uma flor, pelos nossos mortos, murcha;
uma lágrima, pelos nossos mortos, seca;
a oração pelos nossos mortos, Deus recebe-a em Suas mãos!».
A VIDA DEPOIS DA VIDA
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