Trabalhar em grupo é maravilhoso, mas não é fácil.
Há grupos que se fecham, sofrem de grupite. O mundo é o grupo.
Há grupos que se abrem à comunidade, mas em constante conflitualidade com outros grupos.
Há grupos que não funcionam. As pessoas dizem-lhe pertencer-lhe, mas só por uma questão de hábito, de protecção, de afirmação, de invólucro prestigiante.
Há grupos que fazem da instabilidade um modo de existência. Os elementos criticam-se e criticam nas costas, não se ajudam, não colaboram, agridem-se... Funcionam quando um forte objectivo os mobiliza, mas depois voltam à instabilidade.
Há elementos que, perante as dificuldades, debandam. Esta é uma velha tentação. Mas a fuga nunca resolve nada. Deixamos o espaço, mas não largaremos os problemas.
Há pessoas que querem ser sempre o centro do grupo. A sua sensibilidade é que conta, as suas ideias é que são as correctas, as suas iniciativas é que são válidas. Só estão bem na crista da onda.
O trabalho grupal enriquece sempre, pois ninguém é dono da verdade.
É preciso:
- saber estar sem oprimir;
- saber participar sem se considerar dono de nada;
- saber ouvir mais do que falar;
- saber acolher, entusiasmar, estimular;
- oferecer o seu contributo sem se esconder ou "marimbar";
- respeitar o ritmo: quando é para brincar, brinque-se; quando é para trabalhar, trabalhe-se;
- atender à maneira de ser de cada membro do grupo que deve sentir-se respeitado e respeitador;
- criar um ambiente empático e acolhedor, de modo que todos se sintam em família.
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