quinta-feira, 1 de maio de 2008

Neste 1 de Maio, penso...

Neste dia um de Maio, Dia do Trabalhador, penso em tanta coisa...
- Em tantas empresas que encerram, deixando no desespero centenas de trabalhadores sem futuro, sem esperança.
- Em tantos milhares de portugueses que emigram silenciosamente, porque na Pátria não encontram trabalho.
- Em tanta trabalhadores com ordenados baixíssimos que não possibilitam mais do que a sobrevivência - quando possibilitam...
- Na precariedade do emprego que persegue o trabalhador como um fantasma sempre disposto a devorá-lo.
- Na diferença abismal que existe entre os salários portugueses e consequentes reformas. Enquanto uns engordam cada vez mais, outros empobrecem cada vez mais.
- Na desgraça que se abate sobre tantas famílias a quem os baixos ordenados, o desemprego e a ilusão da propaganda dos bancos arrastaram para situações de falência e de miséria.
- Na subida constante do custo vida que não é acompanhada pela subida dos ordenados nem do subsídio de desemprego.
- Nas grandes fortunas, cada vez maiores, que medram como silvas no tempo da crise sem que os políticos ousem intervir.
- Em tanta gente que quer emprego mas não quer trabalho.
- Em tantos que recebem o ordenado mínimo sem qualquer contrapartida da sua parte para a sociedade, quando o podiam fazer, ficando-se pela ociosidade e pelo vício que escravizam.
- Em tantas empresas que têm lucros monstruosos - veja-se o caso dos bancos - mas a quem ninguém obriga a investir parte dos seus lucros em causas sociais.
- Na dependência dos políticos em relação ao grande capital que este controla, manipula e cerceia.
- Em todos jovens que investiram na sua formação - tantas vezes com sacrifício enorme das suas famílias - e agora saboreiam o trago amargo do desemprego ou a desilusão de terem que apanhar qualquer trabalhozito que lhes apareça.
- Na fome incontrolável do grande capital que tudo quer privatizar para assim melhor poder usar os plíticos em seu proveito e mais vantagens tirar do Estado.
- No silêncio pecaminoso da minha Igreja que se cala perante o cortejo de injustiças que não pára de crescer.
- No papel maravilhoso de tantas associações e grupos que lutam com paixão para socorrer quem precisa, oferendo comida, roupas, outros apoios.
- No interior despovoado e abandonado a quem tudo é tirado, obrigando as pessoas a procurar o litoral onde, porventura, vão engrossar a lista imensa da pobreza e da dependência.
- Na mentira dos políticos que tudo prometem para chegar ao "poleiro" e que, depois de instalados e cheios de mordomias, dão o dito por não dito e governam como se fossem senhores, esquecendo que o seu papel é ser servidores.
- Numa sociedade que não educa para os valores nem para exigência e, por consequência, parideira de desilusões e de desenganos.
- Em 2 milhões de pobres que nunca entram na Assembleia da República e ainda não são desígnio nacional no que se refere à eliminação das causas da sua injusta situação.

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