A Igreja celebra o aniversário litúrgico da instituição da Sagrada Eucaristia em Quinta-Feira Santa, pois foi na véspera da Sua Paixão que Jesus, levando até ao extremo o Seu amor pelos homens (Jo. 13, 1), nas deixou a Memorial do Seu Sacrifício redentor.
Nesse dia, porém, a sombra da Cruz projecta-se já na Liturgia e a Igreja não pode, por isso, manifestar toda o seu júbilo par este Dom inefável. Deste modo, a Solenidade do Corpo e Sangue de Crista apareceu na Liturgia, no século XIII, para responder a uma necessidade íntima da Esposa de Crista.
Com esta Solenidade, a Igreja, de coração inundado ainda pelos alegrias pascais e no fervor do Espírito Santo, dá largas ao seu entusiasmo para celebrar, numa atmosfera de louvor e de exultação espiritual, o Mistério da presença amorosa e operante de Crista no meio dos homens.
Sem perder a sua conexão profunda e essencial com o Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, a Solenidade da Corpo de Deus oferece-nos a oportunidade para:
— reflectirmos sobre as inesgotáveis riquezas da Eucaristia; darmos «graças» a Crista pelo dom total de Si mesmo,em Corpo e Sangue, como alimenta e bebida (Jo. 6, 51-58);
— anunciarmos aos homens, com a nossa participação consciente na procissão do Corpo de Deus, que só na Eucaristia (que é Cristo a percorrer os caminhos do mundo) está o sinal da unidade, o vínculo da amor, a única força capaz de transformar a humanidade, tão ansiosa de união, na única família dos filhos de Deus, destinados a viver, em Crista, na comunhão perfeita com Deus e com os homens.
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