sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Morreu o meu papagaio

O "Chico" morreu. Aproveitou a minha ausência e partiu.
Só hoje tomei conhecimento do facto e deixou-me triste. Afinal, embora não "conversássemos" muito, era uma companhia.
Na véspera tudo bem, comeu, riu e disse "olá"! No dia seguinte, foi encontrado morto. É a vida.
As suas "risadas", o "olá" que repetia exaustivamente quando estava bem-disposto, o olhar de lado quando algo lhe chamava a atenção, o martelar nas paredes da gaiola, as provocações que lhe faziam os mais novos ao passar quando ele estava à porta, o grande apetite que sempre demonstrava, a maneira elegante como segurava os alimentos, a forma como escorraçou o canário "Bibi" quando, para os tentar aproximar, os coloquei na mesma gaiola, tudo, tudo, me causa saudades.
Recordo aquela cena de um grupo de alunos, acompanhados por um professor, ao passarem no passeio. Um dos rapazes, ao olhar para o pássaro, manda sentença:
- Ó professor, este papagaio deve saber a missa toda de cor! Pois, se sabia ou não, eu não sei. Salamurdo como era, guardava o que sabia para ele.
Obrigado por todos os momentos interessantes que me proporcionaste, "Chico"!

3 comentários:

  1. Entam ainda ontem se falou no papagaio, vi o carinho com que falava dele se calhar já estava doente?tambem fiquei triste,olhe arranje outro,porque fazem sempre companhia quanto mais nâo seja barulho.
    Boa noite fique com Deus

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  2. Compadeço-me com o seu luto!
    Também tenho um papagaio,só que esse ficou apagado e triste desde o dia em que a minha avó partiu!
    Era muito animado, contudo compreendeu que tinha que estar caladinho quando a minha filha nasceu,para a bébé dormir.
    Uma vez, no Algarve, aprendeu uma asneirola,lá com uns alentejanos. Chamavam-lhe "panelêro" e ele aprendeu!
    Foi a única, nunca mais a disse! Esqueceu!
    Já tem 25 anos,chama-se Tico.
    É uma alma triste tal como nós, sente a falta da nossa avó .
    Abraço

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  3. Obrigado pela vossa presença e pelo vosso comentário.
    Só hoje soube que tinha morrido. Ontem cheguei à tarde do Porto e tive logo uma série de afazeres, por isso não o visitei.
    Hoje é que a D. Isabel me disse que ele tinha falecido. Estava muito bem, mas no dia seguinte encontrou-o morto.
    Ele gostava muito dela, porque o tratava com muito zelo. Houve até uma vez em que ela não esteve uns dias e fui eu quem lhe deu de comer. Para espanto meu, nos primeiros três dias, o "Chico" nada comeu.
    Tudo isto me causa tristeza, mas sobretudo quero agradecer a Deus a beleza da criação e tudo o que de bom os animais nos proporcionam.

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