quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Certas fortunas cheiram a escândalo pornográfico

Sem contar o Lar e o Hospital, foram 45 os doentes visitados em toda a paróquia.
Depois de mais uma passagem pelos doentes, algumas conclusões tirei.
1. Dou graças a Deus porque a maioria dos doentes tem uma ajuda familiar perserverante e carinhosa.
2. Dou graças a Deus pelo grupo de Ministros Extraotrdionários da Comunhão que semanalmente levam aos doentes, em nome da Igreja, Jesus Sacramento, que é o maior bem. São ainda presença discreta que ouve, acolhe e ajuda estes irmãos mais frágeis.
3. Dou graças a Deus pelo grupo sócio-caritativo(GASPTA) que nesta altura e ao longo do ano apoia e ajuda os irmãos doentes.
4. Dou graças a Deus pela serenidade com que muitos destes irmãos encaram a doença. Muitos abrem-se ao projecto de Deus a cujo oceano de amor se entregam, disponíveis para colaborar com Ele na obra da redenção.
5. Mas preocupam-me algumas situações. Mormente doi-me o desabafo sofrido de alguns: a solidão e o abandono magoam-nos mais do que a doença. A indiferança desta sociedade que passa à porta do sofrimento e não entra, porque não está para isso, porque os doentes não dão prestígio nem dinheiro, porque o importante é gozar a vida...
6. Afligem-me certas relações familiares pouco afectivas e efectivas . Pais que pensam que os filhos têm toda a obrigação de os opoiar gratuitamente, embora até tenham algumas condições económicas; filhos que regateiam o tostão pelo acompanhamento feito aos pais; pais feitos errantes de casa em casa dos filhos conta a sua vontade; filhos que não se lembram dos pais, embora até estejam bem na vida; filhos que "fazem o frete" de dar algum apoio, mas que não dão carinho, amor.
7. Revolta-me o facto de pensões de miséria, que tantas vezes nem para os medicamentos dão. Numa sociedade em que há tanta pobreza, certas fortunas cheiram a escândolo pornográfico.
8. Penso que a Misericórdia e o apoio social camarário têm que ser mais efectivas, com menos gabinete e mais trabalho de campo.
9. Gostava de ver a sociedade civil - e os cristãos na linha da frente - mais atenta, persistente e efectiva no apoio aos seus doentes e sofredores.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.