quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Pensamentos sobre a Fé - VII


 
FÉ E RAZÃO
“A fé tem uma sua dimensão racional e intelectual que lhe é essencial.»
Discurso, 20 de janeiro de 2012

Uma fé razoável
“Devemos ser pessoas que vivem a fé, que pensam a fé e que a conhecem interiormente. Assim em nós mesmos a fé torna-se razão, torna-se razoável.
Discurso, 21 de julho de 2007

Reciprocidade
“(…) para Deus entrar verdadeiramente nas realidades humanas, não basta ser pensado por nós, requer-se que Ele mesmo venha ao nosso encontro e nos fale. Por isso, a razão necessita da fé para chegar a ser totalmente ela própria: razão e fé precisam uma da outra para realizar as suas verdadeiras natureza e missão.”
Carta enciclica Spe Salvi, n.° 23

Amizade natural
“(…) entre fé e razão existe uma amizade natural, fundada na própria ordem da criação. O Servo de Deus João Paulo II, no incipit da encíclica Fides et Ratio escreve: “A fé e a razão são como duas asas, com as quais o espírito humano se eleva rumo à contemplação da verdade”. A fé está aberta ao esforço de compreensão da parte da razão; a razão, por sua vez, reconhece que a fé não a mortifica, aliás, estimula-a para horizontes mais amplos e elevados. Insere-se aqui a perene lição da teologia monástica. Fé e razão, em recíproco diálogo, vibram de alegria quando ambas estão animadas pela busca da união íntima com Deus.”
Audiência Geral, 28 de outubro de 2009

Aceitação
“Crer significa antes de tudo aceitar como verdade aquilo que a nossa mente não compreende totalmente. É preciso aceitar o que Deus nos revela sobre Si mesmo, sobre nós mesmos e sobre a realidade que nos circunda, também a invisível, inefável, inimaginável. Este ato de aceitação da verdade revelada alarga o horizonte do nosso conhecimento e permite-nos alcançar o mistério no qual a nossa existência está imergida. Não se concede facilmente um consentimento a este limite da razão. E é precisamente aqui que a fé se manifesta na sua segunda dimensão: a de se confiar a uma pessoa - não a uma pessoa qualquer, mas a Cristo. É importante aquilo em que cremos, mas ainda mais importante é aquele em quem cremos.”
Homilia, 28 de maio de 2006

Preâmbulo
“Por outro lado, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro ‘preâmbulo’ da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência “daquilo que vale e permanece sempre”. Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para caminhar ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele mesmo não tivesse já vindo ao nosso encontro. É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.”
Carta apostólica Porta Fidei, nº 10

Perspetivas
“(…) a fé é capaz de oferecer perspetivas de esperança a todos os projetos que tenham a peito o destino do homem. A fé perscruta o invisível e, por isso mesmo, é amiga da razão que levanta as interrogações essenciais de onde o nosso caminho sobre a Terra espera haurir um sentido.”
Discurso, 11 de novembro de 2006

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