Respigo para os Leitores apenas este bocadinho da entrevista.
O que deseja para Portugal?
Solidariedade na caridade. Se formos solidários, nós os portugueses temos possibilidades de resolver os problemas que os nossos irmãos estão a passar. Não as grandes questões económicas, porque isso não nos compete. Mas no terreno: é preciso aprender a partilhar, a ser solidário, a olhar para o irmão com o coração.
Gostava muito que os portugueses não se deixassem manipular pelas diferentes correntes que tentam… Tudo o que está a acontecer das manifestações, greves: não resolvem nada! Temos de adquirir uma serenidade que é fruto da esperança. Isso é possível! Portugal passou épocas muito mais difíceis do que esta (basta pensar no que foi a última Guerra).
Cada português, seja ele quem for, não se pode considerar apenas beneficiário da ajuda do Governo e dos outros. Tem de ser protagonista da solução. Se todos formos solidários, o momento difícil que Portugal atravessa – que o é para muitos, mas não para todos – pode trazer um rosto novo à nossa convivência.
O que me preocupa mais é que todas as pessoas tenham a dignidade que merecem e que o tempo que vivemos exige. Mas não sejam ambiciosos. Que se contentem com o necessário e com o que é possível.
E que sejamos uma fraternidade. O mais grave disto tudo é que se está a destruir o sentido de comunidade nacional.
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