Num grupo de padres, um queixa-se da praga de morcegos que invade a Igreja paroquial da paróquia que serve. Vai dizendo que já experimentou todos os processos e os morcegos não debandam. Resultado: sempre tudo sujo.
Um dos colegas, conhecido pela sua disposição e resposta rápida, desfere:
- Andas aflito? Queres ver-te livre dos morcegos? Crisma-os!
Não é isso que acontece com a esmagadora maioria dos que se crismam? A Confirmação, em vez de ser o assumir de um compromisso sério e apostólico, é uma porta de saída da vida da comunidade... Quem e quantos se vêm depois do Crisma?
Há muito que me insurjo contra a recepção do Crisma aos 14-16 anos. Penso que é a pior idade para a pessoa assumir um compromisso. Então é na altura em que o adolescente está mais fechado sobre si mesmo que queremos que ele se abra a um compromisso com Deus e com a Igreja?
Não seria preferível aguardar pelos 18-20 anos? Até porque cada vez as pessoas amadurecem mais tardiamente... Teríamos menos gente? Certamente. Mas que interessa ter os livros cheios se temos depois igrejas vazias?
A Conferência Episcopal tem aqui um papel decisivo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.