«Uma coisa são as estatísticas e outra coisa bem diferente é a realidade. Os números falam por si, e vêm de organismos nacionais e internacionais. Infelizmente são demasiado eloquentes. Na minha experiência pessoal, uma vez que uma das minhas missões como bispo é visitar as pessoas, faço isso com frequência e sei o que se passa. A situação é pior do que os números que as estatísticas nos apresentam », refere o prelado que acrescentou:
"«Não é necessário raciocinar muito. Basta relacionar os salários com as constantes subidas de preços de bens de primeira necessidade, além dos medicamentos, e depois fazer as contas».
«Teremos que nos educar para uma vida um pouco mais regrada. Por vezes, há necessidades que se criam, principalmente na classe média, que se habituou a ter tudo. Já se sabe que o dinheiro não chega para tudo. A economia na família é muito complicada. É preciso que as pessoas pensem e saibam viver de acordo com as suas posses».
Questionado se há necessidade de uma intervenção junto dos organismos do Estado, o prelado reconhece a necessidade de uma reflexão e não descarta essa possibilidade. Ainda assim, lembra que a principal missão da igreja é anunciar a doutrina da igualdade e dignidade de todo o ser humano. «Em certas ocasiões, a nossa doutrina reveste- se de um carácter de denúncia »
O Arcebispo espera que a sociedade, Igreja incluída, seja capaz de encontrar soluções que revertam o actual quadro.
Fonte: ecclesia
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