Tirando os votos das eleições, não o impressionam os números quando estes se referem a pessoas em concreto, especialmente dos portugueses que mais sofrem com a situação.
Apesar disto, faz todo o possível para impressionar com números estatísticos preparados para serem apresentados à opinião pública como prova do "sucesso" do seu Governo.
Pode ser que nas próximas eleições as pessoas também lhe digam que não se impressionaram com os seus números, nem sequer com os seus argumentos, porque o que verdadeiramente as impressiona é a realidade. E esta, senhor primeiro-ministro, é demasiado séria. O senhor provavelmente não a sente, mas nós vivemo-la na pele.
"O Estado está a ficar refém dos grandes interesses"
Pode ser que nas próximas eleições as pessoas também lhe digam que não se impressionaram com os seus números, nem sequer com os seus argumentos, porque o que verdadeiramente as impressiona é a realidade. E esta, senhor primeiro-ministro, é demasiado séria. O senhor provavelmente não a sente, mas nós vivemo-la na pele.
"O Estado está a ficar refém dos grandes interesses"
"Há alguma surdez, alguma cegueira com o que se passa cá fora", afirmou Manuel Alegre, na entrevista Grande Entrevista da RTP 1, recordando a manifestação da CGTP que hoje juntou cerca de 200 mil pessoas em Lisboa.
Alertando para o "momento difícil" que Portugal está a atravessar e ao qual "não é possível ficar indiferente", Manuel Alegre considerou que o Governo "está excessivamente convencido da sua razão, sem ouvir o que se passa lá fora".
Questionado pela jornalista Judite de Sousa sobre o seu crescente afastamento do Governo, Manuel Alegre admitiu que o Executivo de maioria socialista o tem "desiludido", porque "revela falta de sensibilidade para o que se passa cá fora", para o "agravamento real das condições" de vida das pessoas.
Classificando como "paliativos" as medidas que o Executivo tem tomado, lamentou que a consolidação das contas públicas seja visto como "um fim em si mesmo".
"Como ficam as pessoas?", questionou, defendendo a definição de novas orientações macro-económicas a nível europeu.
Manuel Alegre alertou ainda para que não é possível fazer reformas "contra as pessoas", como os professores, lamentando não existir a "mesma determinação" quando se trata de sectores "mais fortes".
"O Estado está a ficar refém dos grandes interesses", acrescentou ainda.
Alertando para o "momento difícil" que Portugal está a atravessar e ao qual "não é possível ficar indiferente", Manuel Alegre considerou que o Governo "está excessivamente convencido da sua razão, sem ouvir o que se passa lá fora".
Questionado pela jornalista Judite de Sousa sobre o seu crescente afastamento do Governo, Manuel Alegre admitiu que o Executivo de maioria socialista o tem "desiludido", porque "revela falta de sensibilidade para o que se passa cá fora", para o "agravamento real das condições" de vida das pessoas.
Classificando como "paliativos" as medidas que o Executivo tem tomado, lamentou que a consolidação das contas públicas seja visto como "um fim em si mesmo".
"Como ficam as pessoas?", questionou, defendendo a definição de novas orientações macro-económicas a nível europeu.
Manuel Alegre alertou ainda para que não é possível fazer reformas "contra as pessoas", como os professores, lamentando não existir a "mesma determinação" quando se trata de sectores "mais fortes".
"O Estado está a ficar refém dos grandes interesses", acrescentou ainda.
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