Há vários anos diversas instituições académicas europeias lançam inquéritos aos jovens. O quadro do futuro é assustador. A juventude europeia não se pode confundir com Greta Thunberg e alguns poucos interessados no futuro do planeta. A grande maioria vive centrada em si, sem interesse pela política, como lugar da defesa do bem-comum. Os jovens vivem o dia-a-dia, com reduzido apreço pela família e sem querer ter filhos, alguma pouca ligação à religião, ligados aos que pensam como eles e escasso sentido crítico. O futuro não está nas suas preocupações, tudo é percebido a curtíssimo prazo.
Este quadro realista aumenta o medo, pois dentro de uma década quem dominará o mundo – a China - não terá na Europa resistência crítica nas novas gerações, sem mecanismos para resistir a uma manobra fácil dos tiranos das redes sociais e económicas.
Vinha para casa a perguntar-me: As Jornadas Mundiais da Juventude de que jovens se interessa? De uma pequena elite sensível? Vê o fenómeno da juventude pelo ângulo destes devotos?
Questões alarmantes devem ser debatidas. As alterações em curso não preveem se não um piorar desta sensibilidade e um crescer de desinteresse por valores perenes e humanistas.
Carlos Moreira Azevedo
Delegado Conselho Pontifício da Cultura, aqui
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