Num domingo, numa zona da Igreja, as pessoas deixaram de ter som perceptível durante a homilia. Pensaram os presentes que fosse um qualquer problema com a instalação sonora. Veio o domingo seguinte e exatamente o mesmo. No domingo seguinte, perante a repetição do facto, alguns resolveram dirigir-se a um elemento da comissão da Igreja. Este, boquiaberto, foi pesquisar o que se estava a verificar. Muito simples. O botão da coluna estava desligado. Mal lhe carregou, o som ecoou normalmente. Toda a gente ficou convencida que o problema estava ultrapassado. Engano. No domingo a seguir, a mesma situação. Voltaram as queixas. Verificada a situação, o botão estava desligado. O elemento da comissão da Igreja indagou junto das zeladoras do altar se tinham mexido, mesmo que involuntariamente na coluna. Resposta decididamente negativa.
A pessoa da comissão da Igreja decidiu que, no próximo domingo, iria ficar bem perto daquela coluna a ver se descobria o enigma. E descobriu. No fim da proclamação do Evangelho, um homem alto que se sentava no banco mesmo junto à coluna, levantou-se e, num ápice, desligou o botão. O responsável chegou perto dele, falou-lhe baixinho: "O senhor não pode fazer isso. As pessoas ficam sem ouvir devidamente a homilia". Ao que o homem respondeu: "Não gosto do que o padre diz, o que ele diz enerva-me. Por isso desligo a coluna e bato uma soneca." O responsável termina: "Não seria bom que ao menos tivesse em atenção os outros que querem ouvir!?"
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