E ela falava abertamente como se fosse a mais culta no assunto. Pois, sim
senhor, eu casei-me numa missa sem missa. Que a diferença é ser muito mais
curta e não fazer os convidados aguentar tanto tempo na missa. Só não tem a
parte da comunhão e do ofertório. Txaraaaaaaaaaan! Disse, como se tivesse
destapado a mais curiosa verdade que a Igreja permite. Quer dizer, pelo menos
nalguns lados, dizia. Assim como a possibilidade de casar sem estar baptizado.
Que isso dependia de padre para padre. Pois ela casou com um não baptizado. Bem
vistas as coisas, a Igreja até está mais moderna do que alguns pensam, dizia. E
dizia e dizia, e dizia mais coisas como se tivesse tirado um curso de
sacramentologia. O que ela não sabia é que a missa sem missa, a que ela se
referia, não era uma missa. Era uma celebração da Palavra. E que a grande
diferença entre a primeira e a segunda, é que esta última não tem o momento da
consagração. Na verdade até pode ter distribuição da comunhão. E também não
sabia que já há muitos, mas muitos anos, a Igreja prevê a possibilidade de
casamentos mistos ou com disparidade de culto. Ela casou como se a Igreja fosse
uma boutique ou um híper-mercado, isso é que foi.
Fonte: aqui
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