segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nem quero imaginar que pais serão estes filhos...

Transcrevo para aqui parte de um comentário que uma pessoa deixou num post deste blog.
Pela sua pertinência.
Pela urgência que há de muitos pais mudarem rapidamente.
Porque, caso não eduquemos as crianças e os jovens, vamos encher mais tarde as cadeias.
Porque estou convencido disto: na sociedade actual quem mais falha são muitos pais. Super-protecção, ausência de regras que estruturam a personalidade e de modelos, preocupação com o êxito sem valores, transformação dos filhos em reizinhos lá de casa, ataque a todos os que procuram ajudar os filhos a crescer como gente, sejam professores, catequistas, amigos mais velhos e outros... E depois, para compensar os filhos que procuram empurrar para as escolas o maior número de horas possível - por vontade de alguns até lá dormiriam!!!!- dão coisas, muitas coisas, fazem-lhes todas as vontadinhas, mas negam-se a dar-lhes o que mais precisam: presença, amor, atenção, regras, orientação, EXEMPLO!!!


"...e pais...sempre os pais...quando me falam em pais fico, geralmente, com uma sensação de impotência tremenda...que vou fazer eu numa sala de aula, se os pais contrariam e ainda vêm pedir explicação por estarmos a educar e a ensinar os filhos? Revolta-me isto...e olhai que um professor lida todos os dias com o sabor da frustração e, ou é forte e se aguenta à brava contra tudo e contra todos, ou então desmorona e desanima mesmo.
Aqui há dias, entro na sala e esta estava imunda, mesmo...cheia de papéis por toda a parte. São duas turmas juntas, uma das quais tem aulas o dia todo lá. Alerto os meninos de que as funcionárias não são criadas deles e que da próxima vez que eu entrasse na sala e a encontrasse igual que os obrigava a limpar. Claro que os meninos refutaram, e porque não eram só eles ( parte da turma não tem EMRC) e por aí fora. Então usei-os como mensageiros: dizei aos vossos colegas o que eu vos disse e juntos procurai não sujar.
Na reunião de Conselho de Turma da respectiva turma, alertei a DT para esse facto, até porque uma das regras deles é deixar a sala limpa. Logo um pai presente se manifesta e diz que não é justo...o filho já lhe tinha contado o sucedido e o senhor deve estar convencido de o filho dele é diferente do filho dos outros (continua assim e um dia tem uma desilusão das grandes). Que não é justo limparem uns pelos outros, que não deviam passar por essa humilhação.
Humilhação...boa!!! Deixei-o falar e se queria resposta da minha parte, não a teve, estava demasiado cansada para lha dar. O certo é que não deixei de insistir e o certo é que agora sempre que entro na sala e esta está impecável, até as cadeiras estão todas certinhas...
Sim, os pais...Se estes são assim, nem quero imaginar que pais serão estes filhos... Importa-lhes o conteúdo, não a forma como chegam lá e como o expressam!"
(Comentário devidamente identificado)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.