Há tempos alguém me disse que vivia sozinha numa aldeia, com o marido doente, pois uma outra família que lá morava não se dava com ela. Já há anos não falavam. E foi-se lamentando, pois se tivesse algum problema, não tinha quem lhe acudisse.
Perguntei-lhe se ela era capaz de ir ter com esse casal para lhes pedir para fazerem as pazes. Disse-me que não, com eles não queria nada.
– Sendo assim, só vejo uma solução para resolver o seu problema de isolamento: mudar de terra – disse-lhe.
Lembrei-me então da história que se conta acerca do famoso construtor dos carros Ford.
Um dia, ao passar, um camponês viu um carro de marca Ford, topo de gama na altura, e ao lado dele um senhor bem vestido, nada mais nada menos que o dono da Fábrica Ford, um magnate da indústria automóvel. Estava muito contrariado porque o carro avariou.
O camponês parou, saiu do seu carro e aproximou-se do automóvel de Henry Ford.
– Senhor Ford, precisa de alguma coisa?
Henry Ford um pouco surpreendido, perguntou-lhe: – O senhor conhece-me?!
– Sim, diz o camponês, eu moro com a minha mulher e os meus filhos numa casinha perto do seu palacete.
Henry Ford então disse-lhe: – Pode dar-me uma boleia até casa, para eu mandar cá o meu motorista ver se resolve o problema?
– Com todo o gosto, senhor Ford, só que vai notar a falta de conforto no meu velho calhambeque.
– Isso não conta, o que conta é o favor que me faz.
– Pois, senhor Ford, se nós que somos vizinhos não nos ajudamos, mal vai o mundo!... Deixando o seu passageiro em casa, o camponês dirigiu-se para o seu casebre. Na manhã seguinte, quando ia a sair para o seu trabalho, bateu-lhe à porta o motorista do sr. Ford para lhe entregar um carro novo da marca Ford. Lá dentro, estava escrita a seguinte mensagem: «Se nós que somos vizinhos não nos ajudamos, mal vai o mundo».
Fonte: aqui
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