Um dia uma Mãe disse-me:
«Estava eu na cozinha a preparar a refeição, quando ouço a minha filha aos gritos, a ralhar com alguém: – Vais levar umas palmadas! És muito mau!
Pensei que a miúda estava a querer bater no irmão mais novo, ainda bébé, que chorava convulsivamente. Afinal a Rita ralhava com o seu boneco e atirou-o contra a mesa do quarto, quebrando estrondosamente... uma peça de porcelana.
Entrei, ralhei com ela e ameacei bater-lhe. A pequena disse-me que o boneco não lhe tinha deixado vestir o casaco, por isso tinha berrado com ele e o tinha atirado contra a parede».
Aquele episódio tinha aberto os olhos àquela mãe. Tinha de ter mais cautela como lidava com as pessoas de casa.
As crianças aprendem o mal e o bem na família. As palavras e as atitudes agressivas marcam profundamente os filhos. Uma criança tratada com carinho será carinhosa. Ameaçada com berros e pancada, irá um dia fazer da mesma forma.
Não mais esquecerei aquela entrevista radiofónica com crianças maltratadas na família. Um deles dizia que queria ser grande para fazer como o pai, que batia na mulher e nos filhos.
Do trato nervoso com as crianças só há que esperar jovens rebeldes e mal educados. Afinal como diz a palavra «mal-educado». Não se educa bem se não for com carinho. A disciplina é fundamental mas inculca-se com persistência e amor.
A boa ou má educação é sobretudo a de casa. A outra terá os seus efeitos positivos ou negativos mas menos essenciais.Fonte: aqui
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