Jovens.
Nunca como hoje os jovens tiveram tanta informação sobre a correta alimentação na escola, na comunicação social... Nunca como hoje se alimentaram tão erradamente.
- Não gostam de peixe. Alguém comentava "parece que nasceram dentro de algum talho!"
- Detestam legumes. Excetuando certas saladas (certas...) que alguns ainda vão debicando, nada de couves, feijões, grelos, espigos, e outras verduras....
- Comem pouca fruta. Quando se oferece algum género de fruta a jovens, o mais certo é ouvir um"não gosto".
- Encharcam-se de doçuras. Gelados, chicles, pastilhas, bebidas açucaradas, coca-cola, doces (certos doces, especialmente se não forem os tradicionais). Até há poucos anos, quase não se ouvia falar de jovens com diabetes. Hoje, os casos são mais do que muitos.
- Acham o vinho uma bebida "careta". Mas embalam minis atrás de minis e bebidas de enorme poder alcoólico destrutivo à luz da night.
- Detestam gorduras. Se o bife tem um niquinho de gordura, é logo uma berraria contra a mãe. Mas empanturram-se de pizas, hamburguers, lasanha, massa com carne picada, etc, etc. Comidas saturadas de gordura.
Ciência e vivência
A vivência tem mais força do que a ciência no tocante aos comportamentos. Se desde o berço, a criança não é educada para a pluralidade de sabores e para o equilíbrio alimentar, não será o conhecimento que sobre a matéria a escola oferece que ira modificar convenientemente a sua postura em relação aos alimentos.
Também nesta matéria, "casa de pais, escola de filhos".
Os pais precisam de compreender que educar por amor é muitas vezes dizer não. Por mais que custe, por mais exagerada que seja a reação dos filhos.
O Grupo e a moda
Conheço um jovem que, em criança, comia de tudo, era um pequeno que se alimentava corretamente. Hoje é muito "esquisito". Já não gosta disto, não gosta daquilo...
Pois, nesta idade o grupo é o modelo, a referência. Se os do seu grupo acham certas comidas "caretas", ele também acha e não as come.
Como nos penteados, nas roupas e na linguagem, também nas comidas há modas. Certos pratos pura e simplesmente não estão na moda e como tal, são rejeitados pelos jovens. E nisto, não vejo mal nenhum. Desde que as comidas da moda sejam adequadas à saúde.
Por outro lado, a arte culinária experimenta progressos que a globalização potencia. Ora conhece-se a atração dos jovens pelo novo, pelo experimentalismo. Também aqui, nada a opor. Desde que se trate de alimentação equilibrada.
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