segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dia mundial da Liberdade de Imprensa comemora-se hoje

A liberdade de informação é o tema deste ano do dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
«O direito de saber é fundamental para a defesa de outros direitos fundamentais, para promover a transparência, justiça e desenvolvimento», refere Irina Bokova, directora geral da UNESCO, adiantando que a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão «reforçam a democracia».
Muitos jornalistas, adianta Irina Bokova, exercem a sua profissão num ambiente onde as restrições à informação são a norma, onde lidar com pressão ou intimidação está presente diariamente.
«Convido todos a um minuto de silêncio para honrar os jornalistas que pagaram com a vida o nosso direito à informação», apela Irina Bokova na mensagem anual onde também exorta os governos, a sociedade civil e os meios de comunicação social do mundo a juntar esforços com a UNESCO na promoção da liberdade de informação no mundo.
Em Portugal, o Sindicato dos Jornalistas (SJ), chama a atenção para a importância da informação como bem público.
Para o SJ, apesar dos «inúmeros progressos da técnica e de avanços significativos na capacidade de recolher, tratar e distribuir informação, de novas possibilidades técnicas e tecnológicas abertas no campo da comunicação social, os resultados não traduzem uma correspondente melhoria em termos de resposta adequada às reais expectativas e necessidades dos cidadãos e ao seu direito a uma informação realmente diversificada e plural».
Na origem do problema, considera o SJ, está a «concentração da propriedade dos meios comunicação social», a «obsessiva redução de custos e a maximização do lucro» que se traduz no «emagrecimento das redacções, políticas de baixos salários, precarização dos jornalistas e desinvestimento no jornalismo de investigação».
À concentração da propriedade, refere o sindicato na sua mensagem alusiva ao dia, estão associados problemas que atingem directamente os jornalistas, mas que se reflectem na qualidade e na diversidade da informação oferecida aos cidadãos - o agravamento da precariedade, o desemprego, o confisco dos direitos de autor dos jornalistas e o ataque a direitos fundamentais destes profissionais.
Lusa / SOL

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