sábado, 14 de fevereiro de 2009

Testamento carnavalesco

Estamos à boca do Carnaval. Nalguns lados, reanimam-se as tradições carnavalescas ou apenas resquícios das mesmas.
Ao princípio da tarde de hoje fui celebrar a Missa ao Lar da Santa Casa. Ao entrar na sacristia, vejo sobre a mesa um papel escrito à mão. Era-me dirigido. Dou uma vista de olhos para ver se se tratava de algo que exigisse a minha intervenção imediata. Não era o caso e parti para a celebração.
No fim, leio cuidadosamente o texto. Fora escrito pela D. Matilde, uma idosa que é utente do Centro de Dia. Exactamente. Um "testamento carnavalesco" que me fazia usufrutuário. A D. Matilde foi sempre brincalhona e continua a sê-lo. Obrigado pela "deixada".

Deixo ao senhor padre
as portas abertas
para com os velhos vir rezar.

Deixo-lhe boa disposição
para nos dar a comunhão
e nos atender de confissão.

Essa confissão bem feita
que aqui pouco se aproveita.
É tudo velho e como o sapo
Só têm peçonha.

Deixo ao senhor padre,
homem de valor,
que diga sempre
Louvado seja
Deus Nosso Senhor.

Matilde

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