terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A Quaresma é um convite ao arrependimento e à conversão ao Deus do Amor e do Perdão

Na Quaresma, a Igreja, “no combate contra o espírito do mal”, propõe-nos duas perspectivas. A primeira é sobre o caminho de Jesus com o relato das tentações no primeiro domingo. A segunda é sobre o nosso caminho. A Quaresma é um convite a reflectir sobre a distância que existe entre o caminho de Jesus, fiel, humilde, amoroso, generoso até à morte e a nossa vida. É um convite a reconhecer o nosso pecado e não só a “indicar” os pecados dos outros (estamos tão habituados!), ou seja, a reconhecer que somos egoístas, indiferentes, interesseiros, sensuais, agarrados às coisas materiais, pouco dispostos ao diálogo e ao perdão. A Quaresma é um convite ao arrependimento e à conversão ao Deus do Amor e do Perdão que se manifesta em Jesus Cristo. “Este é o tempo favorável” para a reconciliação.

Para este tempo litúrgico, a Igreja indica-nos três gestos tradicionais: a oração, o jejum e a esmola. São os sinais da conversão nos três âmbitos da nossa vida. A oração, momento íntimo de comunhão com Deus, para escutar a sua Palavra e para lhe mostrar a nossa confiança e acolhimento, apesar de vivermos num mundo que ignora a oração e se esquece de Deus. O jejum, esforço de mortificação pessoal na comida, nas despesas, na exibição de riqueza, nos sentidos e nas paixões. A esmola, sinal da generosidade para com o próximo, especialmente para com os mais necessitados. Mas não podemos esquecer o que diz o evangelho: “Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles”. O que é importante é ter um coração aberto e sincero. É necessário “rasgar os corações e não os vestidos”, reorientar continuamente a nossa vida para Deus, eliminando sempre a tentação do protagonismo.

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