sábado, 24 de maio de 2008

8º Domingo do Tempo Comum

A cada dia basta o seu cuidado
«Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro."

"Não vos inquieteis, dizendo: ‘Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?' Os pagãos é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso."

"Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça,e tudo o mais vos será dado por acréscimo."

"Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado». (Mt 6,24-34)
+++++++++++++++++++++++++++++
1. A referência à incompatibilidade entre Deus e o dinheiro convida-nos a uma particular reflexão neste campo… O dinheiro é, hoje, o verdadeiro centro do poder no mundo. Ele compra consciências, compra poder, compra bem-estar, compra projecção social, compra reconhecimento e até compra amor. Por ele mata-se, calcam-se aos pés os valores mais fundamentais, renuncia-se à própria dignidade, envenena-se o ambiente (que interessa o buraco do ozono, a poluição dos rios, o desaparecimento das florestas, se isso fizer mais ricos os donos do mundo…), escravizam-se os irmãos. Quando a lógica do “ter mais” entra no coração do homem e o domina, o homem torna-se escravo e, por sua vez, leva a escravidão aos outros homens. Torna-se injusto, prepotente e explorador, passa indiferente ao lado dos irmãos que vivem abaixo do limiar da dignidade humana, deixa de ter tempo para gastar com aqueles que ama (o amor do dinheiro sobrepõe-se a todos os outros amores), relega Deus para a lista dos valores secundários, acha o “Reino” proposto por Jesus “uma absurda quimera”. Como nos situamos face a isto? Se tivermos que optar (não em termos teóricos, mas nas situações concretas da vida) entre o dinheiro e os valores do “Reino”, qual é que escolhemos?

2. Que as preocupações presentes não nos impeçam de sonhar; mas que os sonhos não nos impeçam de viver. Que o presente não varra o nosso passado; mas que o passado não nos estorve de viver o presente.
Estar todo no presente como momento único, vivendo-o intensamente.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.