sexta-feira, 9 de maio de 2008

Domingo: Solenidade do Pentecostes



. O Prometido é devido. Mas o Dom foi afinal muito maior que o esperado. A Promessa do Pai (Act.1,5) excede todas as expectativas. E se não entra pela porta, fura pela janela, espreita pelas grades, corre por alguma fissura. Porque este Espírito é como um rio de água viva (Jo.7,38-39), imparável na sua força, imprevisível no seu caminho. O Dom de Cristo Ressuscitado, o Espírito Santo, rompe todos os muros e fronteiras. Porque preenche todo o Universo e não se deixa aprisionar dentro de quatro paredes (Jo.20,19). É o Espírito Santo. O grande Dom, o fruto maduro da Páscoa de Cristo. Ele mexe e remexe, vira e tudo revira, como um vento impetuoso (Act.2,2). Porque é um Espírito dinâmico, Criador de vida nova. Ele ilumina, aquece e incendeia os corações, como o fogo (Act.2,3). Porque é o Espírito do Amor, do Pai e do Filho.

. Quando o homem fica «embriagado» (Act.2,13) deste Espírito, acontece-lhe algo incrível: ama com o mesmo amor de Deus. Já não precisa que ninguém lho ensine, nem tão pouco de uma lei que o oriente. Torna-se livre, no amor. Porque o Espírito é a Lei nova (Rom.8). É o coração novo, é a vida de Deus que, quando entra no Homem, o transforma. Quando possuiu o mundo, o Espírito recria-o.

. Eis-nos na plenitude da Páscoa, a celebrar o Pentecostes, a festa do grande Dom, que liberta os discípulos do medo e faz deles testemunhas audazes do Evangelho. É o Espírito Santo que lhes abre as portas do mundo, e os envia em missão. Doravante, o Pai e o Filho, na sua troca de amor, chegam até nós, beijam-nos, pelo Espírito Santo. Ele se torna então o hóspede (Rom.8,9) que nos habita, a voz íntima do amor, que nos solta os lábios para a oração e para o louvor. Ele é o Senhor que dá Vida à vida do Homem, do mundo e da Igreja...

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