quinta-feira, 29 de maio de 2008

Onde estás, Senhor? Onde Te posso encontrar?

Senhor!
Vejo-Te no rosto cansado e abatido de tantos idosos solitários, abandonados, encostados...

Vejo-Te no sofrimento que escorre pelos rostos de tantos que perderam o trabalho e se encontram amarrados ao desespero e à desesperança...

Vejo-Te na aflição dos pais de família que já não sabem o que hão-de fazer perante a galopante subida dos preços...

Vejo-Te na fome de tantas pessoas que já só podem tomar uma refeição por dia ou nem isso...

Vejo-Te a olhar para os ricos deste tempo e a proclamares com serena convicção: "É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu."

Vejo-Te amortalhado, destruído, espezinhado em tantas vítimas da droga, da prostituição, da pedofilia, da chantagem, da corrupção....

Vejo-Te no medo e no desespero de tantos cidadãos perante a onda de assaltos e de intimidações que hoje varre a nossa sociedade...

Vejo-Te indignado e frontal perante a falsidade, mentira e arranjismos dos nossos políticos...

Vejo-Te pobre entre os 2 milhões de pobres deste país e miserável entre os milhões de miseráveis do mundo...

Vejo-te na pobreza envergonhada de tantos...

Vejo-te corrido de tantas famílias que já Te não querem ou só de Ti se servem...

Vejo-Te, no "templo" do mundo, de chicote na mão, a despachar tantos vendilhões da dignidade alheia...

Vejo-te cansado e abatido no coração puro de tantos que procuram fazer o seu melhor pelos outros e só recebem ofensas, ingratidões, falsos testemunhos...

Vejo-Te triste neste país triste a quem vão surripiando toda a esperança...

Vejo-te a contar os tostões de um mísero ordenado mensal, sem saber como acudir a tantas despesas...

Vejo-Te indignado e directo perante os que recebem milhões e se comportam como donos do mundo...

Vejo-Te preocupado com a Tua Igreja, tão parada, tão fechada, tão calada perante a dor do mundo...

Mas vejo-Te, acima de tudo, ressuscitado e vivente: "NÃO TEMAIS, EU VENCI O MUNDO!"

1 comentário:

  1. Gostei particularmente da mesnagem social deste texto, ainda que não me reveja na visão pessimista que dele transborba.
    Eu acredito na capacidade das pessoas descontentes.
    Um abraço,
    NPL

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