sexta-feira, 8 de junho de 2007

Repudiamos despudorados oportunismos!


Usando da palavra no encerramento do 8º Congresso das Misericórdias Portuguesas, realizado em Braga, Cavaco Silva sublinhou que era necessário “pensar seriamente sobre as políticas de natalidade, de protecção às crianças, de valorização dos jovens”... perante “o cenário de envelhecimento e de recessão demográfica... fenómeno que, pela sua dimensão estrutural, não encontra precedentes na história”. Oportuno o alerta!


Mas, de imediato, surgem vozes próximas ou mesmo ligadas ao Governo a apoiar o Presidente, porque essas eram também as preocupações do Governo! Inacreditável! Mas isso significa arrependimento ou oportunismo?


Ontem (o referendo foi ainda só em 11 de Fevereiro!), clamava-se: queremos impunidade legal para matar um ser humano, mesmo em adiantado estado de desenvolvimento intra-uterino. Agora, vozes do mesmo quadrante político gritam: - estamos de acordo: precisamos de mais nascimentos! Então, o Governo socialista legaliza, praticamente sem barreiras legais (para não dizer ‘promove’), a interrupção voluntária da gravidez e até a financia, aprova as clínicas abortivas, faculta ‘pílulas do dia seguinte’. E agora corre logo a ‘colar-se’ e a bater palmas ao alerta do Presidente da República, quando este sublinha a necessidade urgente de instaurar políticas pró-natalidade?


A política já de há muito nos habituou a piruetas deste género... Saudamos o alerta do Presidente! Repudiamos despudorados oportunismos!
Mas deixe lhe lhe pergunte, Senhor Presidente, se sabia que o "cenário de envelhecimento e de recessão demográfica ... não encontra precedentes na história", por que motivo promulgou a lei do aborto?

1 comentário:

  1. Pena, que tambem só agora o nosso Presidente da Republica se preocupe com a natalidade. Pois ele melhor que ninguem, em tempo oportuno poderia ter evitado a aprovação da lei do aborto. Enfim, temos o governo que os Portugueses elegeram e o Presidente da Republica que mais lhes convinha...
    Tenho vergonha de dizer que sou Portuguesa. É muito triste.

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