terça-feira, 31 de maio de 2011

Diálogo na família

Há dias dizia alguém na rádio que mais vale uma pequena discussão na família do que o silêncio.
Lembro-me também dum desabafo de uma adolescente que me dizia que os pais nunca lhe diziam nada, para eles estava tudo bem. E ela acrescentava que isso a preocupava, pois podia ser que os pais não se importassem com ela.
O diálogo entre os diversos membros da família é importantíssimo. Desde o início do casamento é importante encontrar espaços, momentos de privacidade para comunicar, especialmente quando já existe um filho que absorve muito tempo e o marido se sente posto á margem. Nos Estados Unidos, no âmbito da Preparação Matrimonial, inventou-se a expressão ten-ten, dez minutos por dia que cada um dos cônjuges tem para conversar com o outro. Respeitando quotidianamente esta regra, uma parte do tempo de cada um transforma-se em tempo comum para haver mais união no casal.Embora o caminho a dois comece já no noivado, o casamento é o ponto de partida de uma vida em comum para vir a ser um casal, esforçando-se por superar os aspectos negativos que possam constituir um obstáculo a esse crescimento. É um processo lento, cansativo, por vezes conflituoso, mas as experiências negativas, se forem bem controladas, podem também servir de ajuda. As discussões podem ser uma força dinâmica para um maior entendimento e até para uma mudança, já que muitas vezes fazem cair os mecanismos de defesa.
Depois quando os filhos crescem, tem de haver tempo para brincar com eles e para os ouvir. Doutro modo eles sentem-se postos de lado e podem mesmo criar o hábito de nada dizerem do que sentem ou os preocupa, com repercussões negativas no seu crescimento psicológico e afectivo.
Para que a comunicação seja autêntica, é importante que se comuniquem os sentimentos, tanto negativos como positivos. Os sentimentos constituem a resposta a uma pessoa, situação ou facto; transmitem algo de importante acerca de «mim», exprimem com clareza aquilo que cada um de nós interioriza.
In O Amigo do Povo

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