Ardem os montes como quem grita
por socorro que não chega.
Nas aldeias, o tempo pára —
perde-se a casa, o gado, a vida.
Promessas? Muitas.
Planos? Alguns.
Ações? Poucas.
Há mãos que acendem por ganância,
e penas que mal pesam o crime.
Políticos falam, voltam costas,
e o verde vira cinza no silêncio.
Fica o medo —
nas rugas da velha que tudo perdeu,
nos olhos do homem que nada pôde fazer.
E os culpados seguem,
sem rosto, sem castigo,
como cinza levada pelo vento.
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