sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dia das Comunicações Sociais

No próximo Domingo, dia 5 de Junho, a Igreja celebra o Dia mundial das comunicações Sociais e o Papa publicou uma Mensagem, subordinada ao tema: "Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital".

Nela podemos ler:
«Vai-se tornando cada vez mais comum a convicção de que, tal como a revolução industrial produziu uma mudança profunda na sociedade através das novidades inseridas no ciclo de produção e na vida dos trabalhadores, também hoje a profunda transformação operada no campo das comunicações guia o fluxo de grandes mudanças culturais e sociais. As novas tecnologias estão a mudar não só o modo de comunicar, mas a própria comunicação em si mesma, podendo-se afirmar que estamos perante uma ampla transformação cultural. Com este modo de difundir informações e conhecimentos, está a nascer uma nova maneira de aprender e pensar, com oportunidades inéditas de estabelecer relações e de construir comunhão».

«Aparecem em perspectiva metas até há pouco tempo impensáveis, que nos deixam maravilhados com as possibilidades oferecidas pelos novos meios e, ao mesmo tempo, impõem de modo cada vez mais premente uma reflexão séria acerca do sentido da comunicação na era digital. Isto é particularmente evidente quando nos confrontamos com as extraordinárias potencialidades da rede internet e a complexidade das suas aplicações. Como qualquer outro fruto do engenho humano, as novas tecnologias da comunicação pedem para ser postas ao serviço do bem integral da pessoa e da humanidade inteira. Usadas sabiamente, podem contribuir para satisfazer o desejo de sentido, verdade e unidade que permanece a aspiração mais profunda do ser humano».

E Bento XVI aponta a seguir alguns limites dessa comunicação:
A distinção clara entre o produtor e o consumidor da informação aparece relativizada; a parcialidade da interacção, a tendência a comunicar só algumas partes do próprio mundo interior, o risco de cair numa espécie de construção da auto-imagem que pode favorecer o narcisismo; uma presença virtual mas pouco activa nos problemas do nosso mundo e do próximo carente; empobrecimento da reflexão e do contacto com a realidade.

Depois o Papa chama a atenção para a necessidade de usar estes meios para difundir a verdade do Evangelho. Mas também aqui há que ter em conta que não interessa mostrar apenas o que é "popular" no ensinamento de Jesus mas toda a integridade da sua Palavra, mesmo o que pode criar rejeição.

Os crentes devem encorajar «todos a manterem vivas as eternas questões do homem, que testemunham o seu desejo de transcendência e o anseio por formas de vida autêntica, digna de ser vivida. Precisamente esta tensão espiritual própria do ser humano é que está por detrás da nossa sede de verdade e comunhão e nos estimula a comunicar com integridade e honestidade».

In O Amigo do Povo

2 comentários:

  1. Hoje, na rádio, ouvi o Profº. Adriano Moreira, aquando da apresentação do novo livro do Pe. Feitor Pinto, dizer (mais coisa menos):
    - a situação de Portugal e da Europa deve-se, em grande parte, à forma como fomos perdendo os valores: em vez do valor das coisas, apenas nos interessa o preço das coisas.
    Pois então, vamos acreditar que a comunicação social dará o exemplo, concedendo mais valor às coisas.
    NPL

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  2. As comunicações tem vindo a perfeiçoar-se a grande velocidade. Longe vai o tempo dos sinais de fumo......Hoje vivemos na era da internet... do virtual, onde se comunica com todo o mundo de uma forma virtual.
    Desde as crianças aos avós, todos estão rendidos a estas tecnologias. Existem muitos riscos: sim, mas tambem muitas vantagens. A igreja já utiliza estas ferramentas para divulgar a sua atividade ... Também é uma forma de nós estar-mos a par de tudo o que se passa na grande aldeia global.
    Estão a perder-se muitos hábitos como o companheirismo, os passeios ao ar livre, em suma toda convivência em sociedade. Estamos a tornar-nos eremitas dependentes da máquina. Não adianta sermos hipócritas, porque a máquina vicia-nos de tal forma que esquecemos o que se passa em redor...Como os valores da família, da amizade, da vizinhança. etc.

    Quanto á divulgação do evangelho é sim uma forma de o fazer. Mas a meu ver a igreja deveria utilizar uma linguagem menos formal, que todos entendam. Veja-se que diariamente sem que reflitamos no ato, praticamos os valores éticos e morais do evangelho, que nos foram incutidos, na familia na sociedade e na igreja. A carta dos direitos humanos são uma reflexao moral do evangelho. O direito, a nossa própria constituição iden.
    Tudo é uma reflexão reforçada através da moral religiosa...
    Na vida quotidiana matar é crime punível por lei ...
    Na igreja é um pecado mortal, punido pelas leis de deus....
    ....
    A reflexão moral do mal para que não o volte a praticar..
    E assim sucessivamente

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