terça-feira, 24 de junho de 2008

Oito ou oitenta

Somos um povo assim. Tanto estamos com a moral no cume, como baixamos às profundezas do pessimismo. E não é só no futebol. Na vida social, no emprego, na economia, na vida familiar, na vida pessoal... em tudo.
A História diz-nos isso. Nós é que nunca aprendemos com a História.
Chegada à Índia. Comércio das especiarias. Lisboa centro do comércio. Foi um regabofe. Diz um italiano que por aqui passara nessa altura que em Portugal se tinha como grande desonra exercer qualquer ofício. Se não fossem os escravos trazidos de fora, não havia quem os exercesse...
Brasil. Plantação e comércio da cana do açúcar. Outra vez Portugal em alta. Voltou o regabofe.
Descoberta, exploração e comércio do ouro brasileiro. Mais regabofe.
Nos tempos mais próximos. Adesão à Europa. Vagas de subsídios. Mais uma vez o regabofe. Eram Mercedes, casas, férias de gala, tudo...
A Espanha e Irlanda também receberam subsídios europeus. Olhem onde estão esses países e onde nós estamos...
A nossa História diz-nos que este país sempre viveu entre alguns momentos de cume e longos períodos de profundidade pessimista. Nunca soubemos aproveitar as situações para precaver, lançar e planear o futuro. Parece que a nós como povo se aplica bem o provérbio: "Burro ganha, burro gasta"!
Tivemos um império colonial. A França e a Inglaterra também tiveram. Só que nunca soubemos tirar daí os dividendos que os outros países tiraram. Nem para nós nem para os povos colonizados. Saímos de lá de mãos a abanar. Deixámo- los a ferro e fogo.
E pensam que é a actual política educativa sem valores mas com muitos computadores que resolve a questão? Não se iludam!

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