sexta-feira, 13 de junho de 2008

Não dá para acreditar...

A propósito de Santo António, o "santo casamenteiro", uma amiga contou-me que, há uns anos, fora visitar uma pessoa dos seus conhecimentos que já ia na casa dos trinta e pretendentes ... nem vê-los.
Qual não foi o espanto da minha amiga quando ocasionalmente entrou no quarto da sua conhecida e se apercebeu que a imagem de Santo António estava de pernas para o ar. Pensando que fora um lapso, apressa-se a endireitar a imagem. Ouve então um grito proibitivo para não fazer tal coisa.
- Não faças isso! Deixa-o estar assim.
Uma vizinha, muito atreita ao mundo da bruxaria, havia-a aconselhado a manter assim o "santo". É que sentindo-se desconfortável naquela posição, rapidamente lhe arranjaria o tão desejado namorado.
Para escândalo da solteirona, a minha amiga não conteve um par de sonoras gargalhadas. Depois pacientemente explicou àquela criatura que não devia alinhar em bruxedos que nada resolvem e tudo complicam. Que pusesse a imagem como dever ser ... e tal e coisa e tal...
Uns meses depois a dita solteirona procura a minha amiga para a informar que finalmente conseguira um namorado. Não cabia em si de contente!
- Abençoado o dia em que foste a minha casa e me fizeste entender que o "santo" devia estar direito! Eu é que fui uma palerma. Como é que queria que ele me ouvisse se eu lhe pusera os ouvidos contra a toalha da mesa?! Desde que o pus direito, começou a ouvir bem o que eu lhe pedia e olha... já namoro!

2 comentários:

  1. Os bispos de Portugal vão ter umas jornadas de estudo na próxima semana.
    Sabem em que vão ocupar o tempo? A discutir gestão.
    Será que os gestores discutem o Evangelho? Oxalá que sim, pois os bispos estão ocupados com a gestão!

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  2. Oportuno. Bem observado.
    Obrigado pela intervenção.
    É a Igreja que temos. Cada vez nenos "sal", menos "luz", menos "fermento".
    O que interessa é gestão!
    A propósito, chocou-me aquela tabela de preços fixados pela Província Eclesiástica de Braga. Parece que entramos num stand de automóveis onde cada modelo e cada marca têm um preço...
    Não haverá uma forma mais evangélica de estimular e fomentar a partilha?

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