segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Paróquias não podem ser trampolins de interesses pessoais

O Bispo, D. Antonino Dias, , que presidiu à Peregrinação Arciprestal a Nossa Senhora do Rosário do Monte da Franqueira, em Barcelos, salientou que, nas comunidades, ninguém é investido em autoridade para dominar, mas sim para servir. «Ninguém é investido em autoridade para se sentir patrão, senhor e dono dos outros, dominando e enfraquecendo o entusiasmo e a esperança da comunidade no Senhor que vem», disse.
Para D. Antonino Dias, todos os agentes da pastoral, sejam sacerdotes, comissões, catequistas, escuteiros, confrarias, membros dos grupos corais, zeladores ou membros das associações, têm de fazer um sério exame de consciência. Uma reflexão, acrescentou, para «avaliar o trabalho que fazemos, como o fazemos, com que conteúdos, com que persistência, com que ardor e métodos, como convencemos e somos capazes de envolver os outros na construção dum mundo mais cristão, mais solidário e participativo, testemunhando com alegria e dando razões da nossa esperança em Cristo Senhor».
Nesta ordem de ideias, D. Antonino Dias realçou que «as nossas paróquias não podem ser trampolim para satisfazer intenções e interesses de pessoas em busca de promoção política e social, empoleirando- se no escadote das suas ambições pessoais ou colocando- se em bicos de pés, tornando difícil dobrar o pensamento e as costas perante a humildade cristã, atar a toalha à cinta e lavar os pés às dores do mundo, agindo como Cristo agiu, com discrição e amor sincero».
Por outro lado, salientou ainda, as comunidades não deveriam ser espaços de mera reivindicação de prestação de serviços eclesiais «onde tantas vezes, de braço dado com a falta de cultura na fé, surge a indelicadeza no trato, a fazer provocar, infelizmente também, mal acolhimento em quem recebe, pela arrogância que se nota e navega na ignorância obstinada de quem pensa que sabe tudo, de quem não quer e pensa que não precisa de saber mais, de quem julga que a Igreja não tem normas nem leis, que qualquer coisa serve ou tem de servir porque ele quer, tem direito, tem de ser excepção».
In ecclesia

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