Tem 16 anos e estuda numa escola pública. Há dias, a caminho da escola na companhia de uma amiga, encontram na chão 60 euros. Olharam em volta e viram que ali pertinho existia um café. Dirigiram-se lá e procuraram saber se alguém havia perdido dinheiro. Perante a resposta negativa, as jovens perguntaram uma à outra o que fariam com dinheiro encontrado. Finalmente decidiram-se. Dividiram ao meio.
A meio da tarde, o telefone da mãe da pequena de 16 anos tocou. Era a filha que disse: "Mãe, estou com um problema de consciência". E contou a história do dinheiro encontrado. Após uma palavra de apoio e de compreensão, aquela mãe solicitou à filha que fosse pensando e que à noite refletiriam as duas no assunto, mas que estivesse calma.
A noite, como combinado, as duas sentaram-se para conversar. "Sabes, mãe, com este dinheiro poderia jantar com os meus amigos ou comprar uma peça de roupa. Mas não é isto que eu quero. Não me saberia bem..."
Como mãe e filha fazem voluntariado semanal numa instituição que recolhe crianças abandonadas, a mãe propôs que o referido dinheiro fosse encaminhado para o menino institucionalizado a quem a jovem dava explicações. Depois de deixar assentar a ideia, a pequena soltou: "Ah! Acho uma boa ideia. Faremos isso na próxima ida à instituição."
Consultada a psicóloga que apoia mais de perto a referida criança, logo o dinheiro reverteu a seu favor. A alegria da jovem foi intensa, vinda mesmo do centro do coração, contagiante.
Ao contar-me esta cena pelo telefone, a mãe disse-me: "Mais uma ocasião para dar graças a Deus pelos meus filhos. Não imagina como este facto me encheu a alma e a vida. A minha filha, em plena reguilice adolescente, revela estes sentimentos, esta nobreza de alma, esta sensibilidade! Vale a pena ser persistente e educar para os valores! Seja Deus louvado!"
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.