sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

“A EDUCAÇÃO É COISA DO CORAÇÃO E SÓ DEUS É O SEU DONO" (São João Bosco)


“Pais e professores lúcidos sabem que não podem voltar a espancar os mais novos, mas por vezes hesitam no caminho a seguir, deixando instalar a permissividade e o caos, como acontece em muitas casas e em tantas escolas. A pedagogia da submissão acabou, mas a pedagogia da liberdade organizada, tem ainda de fazer o seu caminho. Os adultos que educam ou ensinam, por vezes esquecem como o afeto e a exigência são as armas fundamentais a utilizar junto dos mais novos. Ser exigente sem afeto é introduzir a frieza das regras e dos castigos, onde deveria estar o amor e a compreensão. Ser afectuoso sem exigir, é acolher sem limites e impedir a autonomia e a resistência à frustração. A verdade é que a autoridade, face às crianças, tem de partir de uma base segura de entendimento, onde o mais novo, sinta confiança no mais velho e este esteja disponível para a viagem conjunta que é a construção de uma relação. Os pais com autoridade, sem autoritarismo, são calorosos com os seus filhos e educam com firmeza para a responsabilidade, pois não ignoram que o mais importante é ligar a disciplina ao ensino e ao autocontrolo da criança. Nunca ao medo do castigo, ou ao fantasma da retaliação. Por isso, a educação tem de se preocupar com a formação do caráter dos mais novos, para além do esforço exigido com a melhor aprendizagem dos conteúdos.” - Daniel Sampaio

A autoridade "é mais do que um poder”
“A autoridade do «mestre» em educação, passa mais pelo que ele vive e faz e não só pelo que diz. Educar, como processo de conduzir e alimentar, não é substituir-se ao educando: é caminhar com ele. Nesse caminho comum, os modelos e a palavra testemunhada pela vida têm lugar relevante, mesmo insubstituível” - Bispos Portugueses, numa Nota sobre a Educação

“Crê o que lês, ensina o que crês, vive o que ensinas
“Na tradição cristã, o testemunho faz parte essencial do anúncio: o ser é o processo mais eficaz e o suporte didáctico mais autêntico do aprender a ser. Por isso se aplica a todo o educador cristão, esta máxima de vida: “crê o que lês, ensina o que crês, vive o que ensinas(Pontifical da Ordenação de Diácono)”. Esta, e não outra, é a verdadeira força da autoridade do educador cristão, que bem sabe que “a educação é coisa do coração e que só Deus é o seu dono!”

Uma nova doutrina e com tal autoridade!
Jesus surpreende, não tanto pelo que ensina, mas pelo modo como ensina: «porque os ensinava com autoridade e não como os escribas» (Mc.1,22). O que está em causa, não é a matéria de ensino; é sobretudo a viva «impressão» que a pessoa de Jesus, causa nos seus interlocutores! A sua autoridade não lhe vem da idade, nem do curso superior, nem do voto do povo, nem de um lugar de poder! Vem-lhe, afinal, de dentro, vem-lhe da coerência do seu testemunho: Ele diz e faz. Ele faz o que diz. A sua Palavra é eficaz e os seus gestos falam por si! Sem dúvida, “o testemunho da vida é a forma simples e espontânea de irradiar valores e a credencial das palavras que se comunicam”
Com base nisto

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