sábado, 21 de janeiro de 2012

ÀS VEZES VALIA MAIS ESTAR CALADO...


O Presidente da República, Cavaco Silva, disse esta sexta-feira no Porto que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas, valendo-lhe as poupanças que fez, com a mulher, ao longo da vida.

Na altura, Cavaco Silva, que não aufere vencimento como Presidente da República, referiu ainda que irá receber 1.300 euros por mês da Caixa Geral de Aposentações e um montante que disse desconhecer do Fundo de Pensões do Banco de Portugal.  

Em finais de Janeiro de 2011, depois da aprovação da legislação que pôs termo à acumulação de pensões com vencimentos do Estado, Cavaco prescindiu do seu vencimento de Presidente da República, no valor de 6.523 euros (brutos).
 
Segundo foi noticiado na altura, o Presidente da República acumula duas pensões, a de professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa e a de reformado do Banco de Portugal, que totalizavam, antes dos cortes nas pensões de reforma, cerca de 10 mil euros mensais (brutos).
Fonte: aqui

Os portugueses que têm dificuldades em pagar as suas despesas, são os que recebem uma pensão de 600 euros e perderam agora o 13.º e o 14.º mês.
São estes portugueses que contam cêntimo a cêntimo para chegarem ao fim do mês e conseguirem sobreviver.
Por isso fiquei surpreso quando ouvi o Presidente "falar das suas dificuldades".

1 comentário:

  1. Gosto muito do meu Pais .mas neste momento sinto-me um cidadão sem pátria. Esse senhor , calado estaria melhor,porque foi ele que criou o facilitismo do dinheiro ,hoje as pessoas estão individadas e sem recursos pela má politica desempenhada por esse senhor , a reforma não lhe chega ,que se governe então com 485 euros por mes de ordenado depois que comente.Ainda há muita gente convencida de que a resolução dos problemas do país passa por retirar a estes rostos de sofrimento, as poucas migalhas que lhes conferem ,o mínimo dos mínimos de dignidade e de sobrevivência, direitos fundamentais que a nossa sociedade tem o dever de assegurar. Há mais de 1 em cada 5 portugueses em situação de pobreza. Destes, muitos trabalham. Outros estão numa situação de tal forma extrema que ninguém os aceita para trabalhar. Se a política serve para alguma coisa, então que nos devolvam alguma dignidade , porque não foi para isto que trabalhei , e trabalho a vida inteira, este pais não é dessses senhores que nunca souberam o que é sofrer , mas sim de todos nós.

    Um abraço.

    Armando Gouveia

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