domingo, 15 de janeiro de 2012

Os jovens e a crise


Tive ocasião de estar nesta época de Natal com diversos jovens que optaram por sair do país por via da crise que Portugal atravessa. Houve quem me dissesse que não pensava regressar, por que tinha encontrado boas condições no estrangeiro, e quem estava à espera que a crise passasse para voltar.

É uma pena que tantos milhares de jovens com cursos superiores tenham de sair do país. Estou de acordo com o que António Pinto Leite disse ao Jornal I: «O petróleo português é esta geração de jovens formados nos últimos 15 a 20 anos nas nossas universidades e que estão a emigrar aos milhares para o estrangeiro.

Precisamos de criar condições para que regressem ao país. São pessoas altamente empreendedoras e, pelo facto de terem vivido no estrangeiro, são pessoas com outra mentalidade. É a nossa maior riqueza. Devíamos todos em conjunto conspirar para atrair de novo para Portugal esta geração dourada de emigrantes».

Comparo a saída destes jovens à venda a estrangeiros das nossas melhores empresas. Mas o dinheiro é preciso e já ninguém nos empresta se não tiver a certeza de que um dia irá receber. Que esta crise faça arrepiar caminho a todos os que têm sobre os seus ombros a tarefa de governar o país. Gastar mais do que se produz leva à ruina. E como muitos têm dito, desde o 25 de Abril, Portugal viveu acima das suas posses.

Um país é em ponto grande o que é uma família. Se ela gasta mais do que recebe, em breve tem tudo penhorado e fica na miséria.

Oxalá os nossos jovens que não encontram cá condições de vida não desistam e estejam dispostos a procurar uma vida melhor seja onde for. Felizmente a Europa tem desde há uns anos fronteiras abertas para os europeus. E pode ser que daqui a meia dúzia de anos as coisas estejam diferentes em Portugal.
In O Amigo do Povo 

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