Todos sabemos que o Natal é a festa que mais entrou no espírito dos povos de cultura cristã. O facto de se celebrar o nascimento de uma criança deve ter contribuído para isso. É que as crianças inspiram sentimentos de ajuda e ternura.
Não deve desprezar-se o facto de, mesmo numa sociedade individualista e materializada, o Natal ser ocasião de gestos de solidariedade e comunhão. É que o nosso mundo precisa de pensar mais nos outros, sobretudo nos que vivem em condições desumanas.
Ora o Papa tornou a recordar, há dias, o dever que todos os homens têm, e sobretudo os governantes, de se comprometerem no combate às raízes da pobreza e da miséria que afectam largos milhões de pessoas.
«Eliminar as causas profundas da miséria e do desespero, para dar a todos os homens a sua dignidade fundamental é um dever sagrado para todas as nações, e particularmente para quem as governa» – disse João Paulo II.
A falta de partilha é a maior responsável pela fome no mundo. Realmente, não há escassez de alimentos: há falta de vontade para resolver o problema – mesmo tendo em conta as secas e as inundações e as turbulências políticas, sociais e económicas.
Os povos continuam a gritar por quem os salve. Como outrora o fizeram à espera do Salvador. E a salvação não é só a da alma. Há que dar condições humanas às pessoas do nosso tempo.
In O Amigo do Povo
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