Ontem visitei 12 doentes desta comunidade. E foi só o primeiro dia!
Tive a companhia, sempre agradável, de elementos do GASPTA (Grupo sócio-caritativo).
Cada doente é uma universidade. Naquela cama ou naquela cadeira de rodas está um mestre que ensina, mesmo quando não fala.
E dei comigo a pensar muitas vezes: "Como tudo poderia ser diferente se as pessoas do nosso tempo ganhassem uns minutos visitando um doente, levando consigo disponibilidade interior para aprender!"
Na maioria dos casos, impressionou-me a dedicação, o carinho e a persistência dos familiares. Muitos destes fazem-no há anos e anos... Admiráveis sireneus dos tempos actuais!
Aparece sempre um ou outro caso de pessoas doentes com pouca ou quase nula assistência. Então a cruz carrega mais, a dor é mais dor. Mais funda, mais chorada, mais queixosa.
Encontrei doentes de todos os tipos, desde os que não falam nem sabemos se nos ouvem, passando por aqueles em que o sofrimento e o desalento esmagam as palavras, e terminando nos que, mesmo padecendo, nos oferecem um sorriso, uma atitude de confiança e uma serenidade que edifica.
Felizmente que há elementos no GASPTA que têm muito jeito para os doentes, arrancando-lhes muitas vezes sonoras e espontâneas gargalhadas. Não admira por isso que alguns, ao ser anunciada a despedida, digam sentidamente: "Já vão!? Oh!!!"
Quase todos quiseram receber o Sacramento da Reconciliação. Aqui concordo com um que me disse: "Sabe, não sinto grandes pecados. Mas se Deus não tira nada e dá tudo, então que Ele me dê o seu perdão e o seu amor."
Em casa de cada um, como é costume, o GASPTA deixou uma pequena recordação que mais não é do que a testemhunha do respeito e carinho que a comunidade sente pelos seus doentes.
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